O ano mal começou e já tem muita gente de olho nas tendências tecnológicas que mais devem impactar a vida do consumidor e das empresas em 2020. Em um mundo totalmente digital, no qual já temos mais celulares do que pessoas, a população está cada vez mais ansiosa e exigente.
Os consumidores esperam que as empresas e marcas entendam e atendam suas dores e especificidades. Ao mesmo tempo, a tecnologia está transformando o jeito de as companhias fazerem negócios e gerenciarem operações.
Compartilhamento de informações via redes sociais, uso de dispositivos inteligentes e interações via assistentes virtuais. O sucesso das empresas com essas abordagens criou a ilusão de que elas podem atender a qualquer necessidade, não importa quão pessoal ou customizada ela seja.
Agora, para atender às expectativas do mundo pós-digital, as empresas precisam transformar essa ilusão em realidade. Isso significa compreender as pessoas de forma holística e reconhecer que suas expectativas e necessidades mudam o tempo todo.
Então, vem com a gente pra entender o que os especialistas estão falando sobre as tendências tecnológicas para 2020 e como navegar nesse cenário cada vez mais complexo.
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O que diz a consultoria Gartner sobre as tendências tecnológicas
A hiperautomação, a multiexperiência e a borda empoderada são algumas das principais tendências tecnológicas para 2020, segundo estimativa da consultoria Gartner. Os critérios usados pelos analistas do Gartner para definir uma tendência estratégica de tecnologia incluem seu potencial de transformação, saindo de um estado emergente para um de alto impacto; e seu rápido crescimento com alto grau de volatilidade previsto para os próximos cinco anos.
Segundo Brian Burke, VP de pesquisas do Gartner, colocar as pessoas no centro da estratégia das empresas é um dos aspectos mais importantes da tecnologia. As tendências tecnológicas devem afetar o relacionamento das empresas com todos os seus stakeholders, incluindo clientes, funcionários, parceiros de negócios e sociedade.
O que diz a Equinix sobre as tendências tecnológicas
Já a Equinix, empresa global de interconexão e data centers, mapeou as cinco principais previsões de tendências tecnológicas para 2020. Elas apontam as transformações por que as organizações estão passando para que sejam líderes na nova era digital. Entre elas, estão a edge computing, multicloud híbrida, inteligência artificial e segurança cibernética.
A forte presença da Equinix em mais de 50 mercados, assim como sua posição de destaque como um ponto de encontro e de interconexão para ecossistemas de redes, clouds, empresas e quase 10.000 clientes, proporciona um ponto de vista único e abrangente sobre tendências críticas de infraestrutura digital.
Conheça abaixo quais sãos as principais tendências tecnológicas apontadas pela Gartner e pela Equinix e como elas podem impactar a vida do consumidor e transformar os negócios em 2020.
Quais são as principias tendências tecnológicas
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Hiperautomação
A hiperautomação é derivada da Robotic Process Automation (RPA), espécie de automação na qual um software “aprende” os processos de uma tarefa com um operador humano e passa a replicá-los de forma independente. Ela é a combinação de múltiplas ferramentas de aprendizado de máquina, software empacotado e automação para simplificação do trabalho.
A hiperautomação refere-se não apenas à amplitude das ferramentas, mas também a todas as etapas da automação — descobrir, analisar, projetar, automatizar, medir, monitorar e reavaliar.
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Multiexperiência
Até 2028, a experiência dos usuários passará por uma mudança significativa na maneira como as pessoas percebem o mundo digital e como interagem com ele. Segundo a Gartner, as plataformas de conversação estão mudando a maneira como os usuários interagem com o mundo digital. Isso graças a tecnologia como a realidade virtual, a realidade aumentada e a realidade.
Essa mudança, combinada nos modelos de percepção e interação, leva à futura experiência multissensorial e multimodal. O modelo mudará de um com pessoas com conhecimento de tecnologia para um de tecnologia com conhecimento em pessoas.
O ônus da tradução da intenção passará do usuário para o computador. Essa capacidade de se comunicar com os usuários por meio de muitos sentidos humanos fornecerá um ambiente mais rico: o da multiexperiência.
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Transparência e rastreabilidade
Os consumidores estão cada vez mais conscientes de que suas informações pessoais são valiosas. Por isso, exigem transparência e controle dessas informações.
As organizações reconhecem o risco crescente de proteger e gerenciar dados pessoais. Ao mesmo tempo, os governos estão implementando legislações rigorosas para garantir que as empresas façam esse controle. Dessa forma, transparência e rastreabilidade estão se tornando elementos críticos para apoiar essas necessidades de ética e de privacidade digitais.
Elas se referem a uma variedade de atitudes, ações, tecnologias e práticas de suporte projetadas para atender aos requisitos regulatórios, preservar uma abordagem ética para o uso da inteligência artificial e outras tecnologias avançadas, e reparar a crescente falta de confiança nas empresas.
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Edge computing
A edge computing (computação de borda) consiste em colocar o processamento de informações, a coleta e a entrega de conteúdos mais próximos das fontes, dos repositórios e dos consumidores dessas informações. Assim, tenta-se manter o tráfego e o processamento local para reduzir a latência, explorar os recursos e permitir maior autonomia na borda.
Muitos setores experimentam hoje uma mudança gigantesca, pois as empresas estão adotando a edge computing. Ela é um facilitador fundamental para outras tecnologias emergentes, como a comunicação móvel 5G, que permite que a Internet das Coisas (IoT) e outros dispositivos de edge aproveitem a conectividade mais rápida e obtenham recursos com latência de rede de poucos milissegundos.
A edge computing se tornará um fator dominante em praticamente todos os setores e casos de uso, pois a borda é capacitada com recursos de computação cada vez mais sofisticados e especializados, e maior armazenamento de dados. Dispositivos de borda complexos, incluindo robôs, drones, veículos autônomos e sistemas operacionais, acelerarão essa mudança.
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Nuvem distribuída
Uma nuvem distribuída é a distribuição de serviços de nuvem pública para diferentes locais, enquanto o provedor de origem assume a responsabilidade por operação, governança, atualizações e evolução dos serviços do ambiente. Isso representa uma mudança significativa do modelo centralizado da maioria dos serviços públicos de nuvem e levará a uma nova era na cloud computing.
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Coisas autônomas
Coisas autônomas são dispositivos físicos que usam a inteligência artificial para automatizar funções executadas anteriormente por seres humanos. As formas mais reconhecíveis de coisas autônomas são robôs, drones, veículos ou navios e aparelhos autônomos. Eles exploram a inteligência artificial para fornecer comportamentos avançados que interagem mais naturalmente com os ambientes e as pessoas.
Conforme a capacidade tecnológica melhora, a regulamentação permite e a aceitação social cresce, as coisas autônomas serão cada vez mais implantadas em espaços públicos não-controlados. Cada vez mais, vários dispositivos trabalharão juntos, independentemente das pessoas ou das contribuições humanas.
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Blockchain
O blockchain tem o potencial de remodelar os setores ao permitir confiança, fornecer transparência e habilitar a troca de valor entre os ecossistemas de negócios. Ele faz isso ao reduzir potencialmente os custos e os tempos de liquidação das transações. Dessa forma, melhora o fluxo de caixa.
Os ativos podem ser rastreados até sua origem, reduzindo significativamente as oportunidades de substituições por produtos falsificados. O rastreamento de ativos também tem valor em outras áreas, como rastrear alimentos em uma cadeia de suprimentos para identificar mais facilmente a origem da contaminação ou rastrear peças individuais para ajudar em recalls de produtos.
Entretanto, o blockchain permanece imaturo para implantações corporativas devido a uma variedade de questões técnicas, incluindo baixa escalabilidade e interoperabilidade. Apesar desses desafios, o potencial significativo de interrupção e geração de receita indica que as organizações deveriam começar a avaliar o blockchain, mesmo que não prevejam a adoção agressiva das tecnologias no curto prazo.
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Segurança de AI
A Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquina continuarão sendo aplicados para aprimorar a tomada de decisão humana em um amplo conjunto de casos de uso. Isso cria grandes oportunidades para permitir a hiperautomação e alavancar coisas autônomas para gerar transformação nos negócios.
Mas, ao mesmo tempo, traz novos desafios significativos para as equipes de segurança. Isso, porque implica em um aumento maciço em pontos de ataque em potencial trazidos pela Internet das Coisas (IoT), Computação em Nuvem, microsserviços e sistemas altamente conectados em espaços inteligentes.
Para aprimorar a segurança, as empresas devem se concentrar em três áreas principais: proteger os sistemas de Inteligência Artificial, alavancar a Inteligência Artificial e antecipar o uso nefasto de Inteligência Artificial pelos cibercriminosos.
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