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Linha do tempo mostra a evolução do celular

Quem vê a sociedade atual como ela é nem conseguiria imaginar que a difusão dos aparelhos de telefonia móvel é tão recente. A evolução do celular foi tão acelerada nos últimos anos que fica difícil dimensionar quanto tempo se passou até que o nosso patamar fosse alcançado.

O boom tecnológico, talvez, ainda tenha estágios ainda mais impactantes por vir, vejam-se a Internet das Coisas e a revolução do 5G. Porém, a chegada dos dispositivos móveis, poucas décadas atrás, teve o mesmo poder para sacudir o mundo tecnológico. E se você está na faixa dos 30 anos, como eu, sabe do que eu estou falando.

Periféricos paralelos eram o máximo na década de 90, tal como o “bip”, que só servia para receber umas poucas letras nos modelos mais avançados. Nos de entrada, eram só avisos sobre um telefone que desejava contato. Esses, no entanto, se tornaram obsoletos quando se popularizaram os telefones do tamanho de um tijolo maciço que os mais abastados ostentavam junto à cintura, pendurados nos cintos que seguravam umas calças jeans tão retas quanto uma autoestrada. E munidos de um bigode sempre estranho!

Se você não conhece a história da evolução dos celulares, ou a conhece mas quer dar uma nostalgizada para exercitar este ditado, vamos lá: recordar é viver!

Leia mais: Tecnologias que vão mudar a sua vida até 2030!

A evolução do celular

Promover uma comunicação sem fio entre telefones é uma ideia que tem tempos! Mais especificamente, ela foi aventada por alguns engenheiros lá em 1947, mas, naquele momento histórico, ficou difícil de fazer a coisa acontecer.

Depois de ser elaborada e maturada por anos, em 1973 o fato se concretizou. Um telefone móvel conseguiu realizar uma chamada para um telefone fixo, provando que os engenheiros haviam formulado uma teoria que fazia sentido. Esse provavelmente seja um marco na linha de evolução tecnológica do século passado. E aqui começa a evolução do celular.

1973 – O primeiro telefone móvel

De 1947 a 1973 houve diversas tentativas de ostentar o pretenso resultado por parte de empresas de tecnologia. Contudo, quem se destacou, em 1973, foi a Motorola. Dela veio o primeiro DynaTAC, o protótipo funcional que mostrou ser possível a comunicação sem fio.

1983 – A evolução do celular chegando às prateleiras

Foram dez anos até que o primeiro modelo comercial chegasse aos consumidores americanos, em 1983, também pela Motorola: o DynaTAC 8000x – com maior nome de exterminador vindo do futuro. Apesar disso, alguns outros modelos já haviam chegado a outros países, por outras marcas.

Ainda que a telefonia móvel hoje seja associada à mobilidade do indivíduo, os primeiros celulares não eram tão móveis assim, pois pesavam perto de 1kg e geralmente eram instalados em carros, quase um telefone fixo para automóveis. Isso, no melhor estilo filme americano com carros conversíveis e Danny DeVito. Se você não sabe quem é, não teve vida ainda!

Além do peso, as dimensões do objeto também impressionavam: quase 30cm de altura. Do tamanho de uma régua padrão.

Assim como em toda difusão tecnológica, esse momento era inicial, então a redução do tamanho e o aumento das funções eram previsíveis e aguardados. Outro aspecto também esperado era o da redução dos preços, pois eles eram estratosféricos. Só pra se ter uma ideia calculando a inflação acumulada, o modelo da Motorola custaria hoje em torno de R$31.000.

Se o pré-requisito para ter um celular era possuir um automóvel, já dá pra imaginar que eram uns poucos que poderiam contar com tamanha inovação.

E falar ao celular enquanto dirigisse não era ilegal. Pelo contrário, devia ser superlegal! Mudamos a semântica do legal, mas tudo bem! O mundo é polissêmico!

1990 – O celular como o conhecemos

Não há uma data certa para apontar o celular como o conhecemos, mas a referência aqui seria a mobilidade junto ao indivíduo. É na década de 90 que os aparelhos começam a ser realmente móveis, ainda que fossem “tijolões”.

Considerada a segunda geração dos aparelhos, a evolução do celular poderia ter um marco bem sinalizado nesse ponto da linha do tempo. É por aqui que surge o GSM, a tecnologia que, inclusive, é usada nos celulares ainda hoje para as redes.

1993 – O primeiro SMS

Em 1993, na Finlândia, foi mandado o primeiro SMS. Na linha do tempo, essa evolução do celular também merece destaque, pois aqui as funcionalidades que o aparelho proporcionava começavam a extrapolar as limitações iniciais. Contudo, mandar um SMS também não era tão fácil.

Primeiro porque você devia ter um celular de última geração. Depois, deveria estar em um país em que as operadoras de telefonia móvel estivessem preocupadas com entregar aos usuários aquilo que havia de mais recente em termos de tecnologia. Por fim, você precisava integrar um círculo social igualmente abastado, pois o destinatário também precisaria contar com um aparelho desse porte.

Se hoje você pensa que pode mandar qualquer coisa pra qualquer um, nesse momento histórico poucas pessoas podiam contar com tamanhas regalias. Só pra diferenciar aparelhos, o teclado alfanumérico não estava nem presente em todos os celulares. Se você não sabe o que é o teclado alfanumérico, não sabe o quanto era legal descobrir que segurar algumas teclas te dava na tela uns caracteres secretos que ninguém sabia que existiam ou pra que serviam! 

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A evolução dos toques do celular

Pra quem não viveu essa época, os toques dos aparelhos eram chatos, muito chatos! Então, para incrementar os atrativos da tecnologia, a evolução do celular passa por eles: chatos, monofônicos, polifônicos, personalizados, subsequentemente. Nesse momento, começava a ser possível ter toques específicos, que precisavam ser comprados, como uma música ou um hino de time.

É verdade que eles eram nada parecidos com aquilo que temos hoje, mas entre bipes e a possibilidade de reconhecer uma melodia, o avanço era cada vez mais atraente.

A evolução das telas do celular

Inicialmente, tudo era monocromático. Parece uma frase bíblica, mas é a mais pura verdade. Depois surgiram as escalas de cinza.

Foto: daily.uk

Quando surgem os telefones com tela de fundo azul, os burburinhos já eram demais. Se você tivesse um, iria chamar a atenção por onde passasse.

Celular com tela de fundo azul. Fonte: digit.

Logo em seguida, a evolução do celular ganhava ares de revolução. 4 mil cores, 64 mil cores, 256 mil cores. Na matemática, dá pra perceber a curva escalar ascendente que os displays seguiram. E a Nokia promovia os primeiros dispositivos realmente coloridos.

Foto: MobileArena.

E só pra ter uma noção, hoje a média é que aparelhos com alta resolução, o que são basicamente todos os que temos no bolso, reproduzem nada menos do que 16 milhões de cores.

Evolução multimídia no celular

Com a chegada das cores, abrem-se novas possibilidades. Em vez de SMS, começam a se difundir as mensagens MMS, que entregavam conteúdos multimídia a partir de um serviço idêntico ao SMS, só que com imagens e vídeos anexados.

Note que, aqui, já estamos falando da internet 2G (da segunda geração de aparelhos), que, apesar de suas limitações, já servia de fase embrionária para o que conhecemos hoje.

2000: A evolução 2,5G

No processo de evolução dos celulares, o contorno do milênio marca o avanço das velocidades de transmissão e acesso às informações contidas na web. O novo conceito, então, começa a apresentar algo semelhante ao que possuímos atualmente, nos anos 2020, porém com suas limitações de funcionalidade.

Os aparelhos aqui contidos permitem a comunicação mais dinâmica bem como o acesso à internet, mas as funcionalidades presentes hoje surgem aos poucos.

Câmeras no celular: evolução

Os primeiros modelos com câmera embutida conseguiam capturar imagens que, em relação às de hoje, seriam verdadeiras dinossauras. Pixels congelados, gráficos quadriculados e cores em uma paleta bastante limitada.

Há dez anos, por exemplo, em 2010, bombavam as câmeras com 8MP. Em 2020, há modelos premium com 108MP numa das lentes do conjunto fotográfico, com a possibilidade de gravar vídeos com 60 frames por segundo além da supercâmera lenta.

Música no celular: evolução

Esse é artigo de luxo, e recente. Antes, havia aparelhos dedicados à musica, como os MP3 players e os iPods, refinados como sempre. Com a evolução do celular alimentada por uma concorrência feroz das fabricantes mais destacadas no segmento, ouvir músicas no celular se tornou corriqueiro.

2007 – Evolução do celular para smartphone

Esse não é bem o marco, mas nós assim o vamos considerar: em 2007 houve o surgimento do iPhone.

Fonte: Apple.

Desde a virada do milênio até esse ano, lideravam o mercado de celulares as empresas Nokia e Blackberry numa disputa mais ou menos análoga ao que há entre Apple e Samsung atualmente. Essas empresas produziam aparelhos com sistemas operacionais e softwares, o que determina mais ou menos o que seja um smartphone, ou um telefone inteligente em português. Porém, com o ingresso da Apple na disputa, a situação muda de figura.

O iPhone literalmente revolucionou a forma de se fazer celular, e surgiram novas empresas com melhores tecnologias para causar uma nova disputa. Aqui começa a difusão do que é indispensável hoje: telas capacitivas com full touchscreen, 3G (na segunda geração de iPhones), câmeras, músicas e estilo, muito estilo.

3G

Apesar de a tecnologia surgir perto dos anos 2000, é perto de 2010 que sua potencialidade pode ser explorada, com a evolução do celular que proporciona o efetivo acesso à tecnologia. As redes 3G permitem a transmissão de ficheiros com velocidades maiores, o que faz com que os telefones se tornem realmente próximos daquilo conhecemos atualmente.

4G, 4,5G e 5G – Evolução das redes

Pelo menos no Brasil, nos dez anos seguintes à difusão do 3G em smartphones, acompanhamos a evolução do celular quase sem tempo para perceber todas as inovações. Cada vez mais os aparelhos são modernizados por funcionalidades ampliadas e abrangentes, permitindo que façamos tudo através deles. Os telefones agora estão realmente inteligentes – ainda que a máquina seja burra e precise de instruções do início ao fim de seu processamento.

Comandos de voz, câmeras incríveis, telas cada vez mais nítidas com resoluções absurdas, acesso a tecnologias como realidade aumentada e, mais recentemente, telas dobráveis. Se você não sabia, agora é possível contar com híbridos no bolso: celulares que se transformam em tablets. A exemplo disso, temos o Galaxy Fold, o Huawei Mate X e o Moto Razr – a re-edição do icônico V3. Hello Moto!

É impossível saber se a evolução do celular, com todas as suas potencialidades, impulsiona o desenvolvimento de redes cada vez mais proeminentes ou se são as super-redes que motivam uma evolução desenfreada da tecnologia. Porém, é acurado afirmar que essa evolução do celular parece torná-lo cada vez mais indispensável. Inclusive, como se o alçasse a um novo patamar: uma extensão do corpo humano, tamanha a nossa dependência dele.

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