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Cisco divulga plano para desenvolver internet para a próxima década

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A Cisco é uma das gigantes quando se fala em soluções e tecnologias para redes de internet. Não à toa, a gigante estadunidense tem faturamento anual que se aproxima de US$50 bilhões. E, se depender dos planos da empresa, ela vai ficar cada vez mais poderosa.

A marca é reconhecida, sobretudo, por seus roteadores e switches destinados ao meio corporativo. Porém, a Linksys já adentrou muitos domicílios enquanto ainda era sua subsidiária, o que deixou de ser em 2013, vendida à Belkin. Agora, suas operações são, novamente, focadas ao meio corporativo.

Mas, o que impressiona mesmo são as inovações divulgadas recentemente. Segundo o plano, o novo portfólio de roteadores da Cisco alcançará velocidades de até 25 terabytes por segundo (Tbps). Caso você não consiga imaginar, a taxa de transferência desses dispositivos será de até 25.000 gigabytes por segundo.

Apesar de suas soluções serem dotadas de uma credibilidade inquestionável, o ambicioso projeto recentemente anunciado para os próximos dez anos tem potencial para elevar a marca a um patamar difícil de ser superado por suas concorrentes. Quiçá, nem mesmo seja possível concorrer com ela caso haja concretização dessas inovações.

Então, entenda a partir de agora como será a “Internet para o Futuro”, segundo a Cisco.

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Cisco: Internet para o Futuro

A internet que conhecemos, que já parece ser coisa do futuro, está próxima do seu fim. Para melhor, claro, porém as revoluções que estão chegando são realmente impressionantes.

As redes com internet 5G estão a um passo de distância, e vão elevar a potencialidade da telefonia móvel em até 100 vezes o que conhecemos. Nesse contexto, o seu celular poderá realizar transferências de ficheiros a 10GB/s. Na internet residencial, por exemplo, sabidamente mais rápida do que a rede móvel, o máximo disponibilizado hoje são 2GB/s, pela TIM, com o projeto Live Ultrafibra.

Temas como a Internet das Coisas, ou Internet of Things, em inglês, surgem paralelamente a esse avanço, permitindo a integração de objetos à rede mundial de computadores e otimizando as facilidades das quais o ser humano desfruta. Desde hubs com inteligência artificial, que chamam o Uber por você, a geladeiras e lâmpadas vinculadas à internet, que podem ser controladas desde o outro lado do globo, todos fazem parte dessa conectividade hiperabrangente.

Contudo, a Cisco já prevê que tais avanços sejam apenas o início de uma revolução cada vez mais acentuada e presente no cotidiano. Se a sua internet residencial, com 100MB de velocidade (numa média que parece adequada para o perfil brasileiro mais avantajado) pode já não te satisfazer mais, com um celular, um laptop e uma TV Smart, como seria se ela precisasse suportar a integração de mais dez ou vinte objetos à rede?

Apesar de as soluções da Cisco atualmente serem destinadas a corporações, suas ambições esclarecem toda a potencialidade que pode se transformar em realidade num período muito em breve. Dez anos, pra sermos um pouco mais exatos naquilo que preveem os especialistas em inovação da marca.

A Internet para o Futuro é, então, uma preparação antecipada para tudo aquilo de que a próxima década vai necessitar.

Silício, óptica e software

A Cisco divulgou, em dezembro de 2019, um conjunto de estratégias voltadas para a inovação em silício, óptica e software.

Cisco Silicon One

Segundo a companhia, o Cisco Silicon One é a primeira arquitetura de silício do seu gênero. Isso porque ele conjuga arquiteturas de diversos mercados em uma única solução.

Imagine que para os nichos de comutação e roteamento cada tecnologia precise de seus próprios sistemas, arquiteturas e softwares dedicados. Então, a empresa dedicou esforços para criar um único artefato capaz de reunir todas as especificações necessárias em cada um desses nichos.

Assim, o Cisco Silicon One atende a diversos mercados com uma única solução.

A consequência dessa conjugação seriam as despesas operacionais significativamente reduzidas e os testes de funcionalidade e qualificação de hardware potencialmente dispensáveis. Além disso, a implementação de novos serviços no meio corporativo passaria a ser mais fácil, visto que a solução tecnológica poderia ser compartilhada.

E, se as divulgações se comprovarem, realmente o avanço é de estremecer, pois ele possuiria o dobro da capacidade de circuitos integrados que são específicos dos aplicativos de roteamento de grande escala.

Sem comprometer recursos, o Cisco Silicon One é, nada mais nada menos, do que o primeiro circuito de silício para roteamento capaz de romper o benchmark de 10TB/s. Significa dizer que a eficiência operacional começa a quebrar barreiras que já pareciam marcos de eficiência.

Series Cisco 8000

A Series Cisco 8000 é a primeira plataforma a utilizar o circuito Silicon One, e está desenhada para auxílio aos provedores de serviços e conteúdos de nuvem. O início da plataforma é de 10.8TB/s em apenas uma unidade rack, o que mostra os elevados patamares a que estamos chegando.

Poucos clientes, porém, já têm a oportunidade de experimentar todo esse avanço. Selecionados pela própria marca, os pioneiros estão situados no Oriente Médio e na África, mas a situação já causa ansiedade pelo mundo afora.

Óptica

Já se foi o tempo em que chassis separados eram entregues para processadores e ópticas. Agora, a propriedade intelectual da Cisco possibilitará a entrega integrada a partir de módulos plugáveis, inclusive para dispositivos de outras marcas.

Com isso, a velocidade das portas de roteadores e switches aumentará significativamente, de 100GB para 400GB, e em todas as condições de operação possíveis ela poderá sofrer ampliação, por conta da integração “plugável”.

Software

O Cisco IOS XR7 é, então, o software que vai proporcionar todo esse avanço nas soluções tecnológicas da empresa.

Em relação a seus predecessores, ele contará com melhoramentos significativos nas suas funções de nuvem e simplificará operações, reduzindo custos do meio corporativo.

A segurança integrada acompanha esse salto. Com informações em tempo real, é possível ter detalhamento sobre a confiabilidade da infraestrutura crítica de uma determinada rede.

A Internet da próxima década

Se as previsões se confirmarem, o que estamos por receber em termos de conetividade representa um avanço sem precedentes. As promessas da internet 5G já causam ansiedade em todos nós, porém as velocidades que são esperadas são, a meu ver, ainda inimagináveis para um usuário médio.

E nem só de temas como 5G vive esse futuro próximo: nele, temos a Internet das Coisas, a realidade virtual, casas inteligentes, carros autômatos, inteligência artificial. Em suma, aquilo que vai mudar sua vida até 2030 depende basicamente de demandas tecnológicas relacionadas à hiperconectividade.

Então, é melhor se preparar, pois uma revolução está para acontecer.

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