A parceria entre Oi e Huawei, que busca modernizar e consolidação de todas as tecnologias da rede móvel em um único equipamento, já começou a mostrar algumas iniciativas: um projeto-piloto do 5G foi apresentado em Búzios, no interior do Rio de Janeiro. A Oi montou uma rede temporária, conectada à rede de fibra da operadora, utilizando a frequência de 3,5 GHz para testes.
Os estudos estão sendo feitos para que, gradativamente, a Oi reduza o uso das tecnologias 2G e 3G. Ao mesmo tempo, se consolide como referência em rede de fibra ótica, um diferencial na disputa do 5G.
Entenda a parceria Oi e Huawei
No plano de recuperação judicial da Oi estava prevista a reestruturação operacional da empresa, com foco na expansão da rede de fibra ótica e no aumento da cobertura móvel.
Com isso, firmou uma parceria com a Huawei, companhia chinesa líder mundial em tecnologias de informação e comunicação, buscando novos fornecedores e equipamentos avançados para atualização das redes de banda larga fixa e móvel.
A Huawei, em contrapartida, tem interesse econômico no país e já atua em colaboração com outras entidades brasileiras.
Fibra ótica
Como já colocado, a rede de fibra ótica é um diferencial para implementação da tecnologia 5G. Assim, com o modelo de negócio parceiro, serão possíveis novos investimentos associados aos negócios da Oi já existentes.
Assim, com uma tecnologia mais avançada, é possível atender com mais precisão as demandas dos clientes, com mais velocidade, sem a necessidade de construção de nova infraestrutura.
Rede de telefonia
Com o aumento da cobertura dos serviços de fibra ótica, será possível reduzir o uso das tecnologias 2G e 3G, ampliar o serviço 4,5G e preparar a rede Oi para oferecer o 5G quando estiver disponível.
O plano estratégico da parceria Oi e Huawei foi desenhado para que a rede móvel se adequasse ás soluções de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), atendendo ao aumento no volume de tráfego.
Por falar em 3G, 4G, 4,5G e 5G. Você sabe a diferença?
A primeira tecnologia para levar a internet aos celulares foi a 3G, que inicialmente trabalhava com algo entorno de 384 kbits por segundo. No Brasil, já chegou um pouco mais avançado, depois da implementação do padrão HSDPA, com velocidades de 3,6 Mb/s e 7,2 Mb/s. Pouco depois as operadoras já trabalhavam com o HSPA+, que aumentou a velocidade de conexão para até 42 Mb/s.
O 4G utiliza a tecnologia LTE, que permite tráfego de dados em velocidades superiores a de redes 3G, bem como maior eficiência de espectro (mais dispositivos conectados sem prejudicar a rede).
Um avanço na 4G é a 4G+, que tem um detalhe a mais: o celular se conecta simultaneamente a mais de uma frequência ou faixa de espectro. Ou seja, aumenta a capacidade de transferência entre o aparelho celular e a antena da operadora.
Um estudo fez um mapeamento de quais as operadoras do Brasil têm a melhor cobertura 4G do Brasil. Confira o resultado neste link.
A evolução da 4G+ é a tecnologia 4,5G, que permite uma maior velocidade de acesso à internet, que pode ultrapassar centenas de megabits por segundo.
Porém, a cobertura em 4,5G não está presente em todos os lugares onde o 4G existe. Além disso, são pouquíssimos os dispositivos compatíveis com 4,5G. Além disso, são pouquíssimos os dispositivos compatíveis com 4,5G; quando o aparelho não é compatível, utiliza o 4G convencional ou 4G+.
Como a tecnologia 4G já permite ótimas velocidades de conexão com a internet, o objetivo do 5G é levar internet para dispositivos conectados como por exemplo automóveis, fechaduras eletrônicas e câmeras de segurança. A tecnologia traz velocidades acima de 10 gigabits por segundo.
Eficiência operacional com a parceria Oi e Huawei
Além da modernização da rede, as parcerias também buscam trazer maior eficiência operacional, visto que ocorrerão algumas uniformizações de fornecedor por tecnologia e/ou região.
Essa uniformização poderá gerar ganhos de eficiência através, por exemplo, da otimização do uso de todas as frequências da rede móvel, e também contribuem para a redução de custos, já que a concentração dos equipamentos em uma única empresa torna menor a infraestrutura necessária para a operação em cada área.
Prazo para conclusão
Cinco anos é o prazo final para conclusão dos trabalhos prevista na assinatura da parceria Oi e Huawei, podendo, claro, serem finalizados antecipadamente. Os investimentos seguirão o planejamento desenhado no plano de recuperação judicial.
Monitoramento para cidades inteligentes
Além de operar em 5G e das tecnologias de fibra ótica, a parceria Oi e Huawei está trabalhando em soluções de monitoramento para cidades inteligentes.
A ideia é a vigilância por câmeras com tecnologia para reconhecimento facial, detecção de movimentos indevidos em áreas restritas. A plataforma já é utilizada em cidades da Europa, Ásia e América Latina.
No Brasil, está sendo testada pela secretaria de segurança pública de Salvador em pontos de ônibus, praças e demais locais públicos.
“A ideia é desenvolver o projeto, mas podemos colocar camadas de segurança, por exemplo. Além disso temos a estrutura e a capilaridade da fibra”, conta o gerente de soluções de TI do Corporativo da Oi, Leonardo Menezes.
Sobre a Huawei
A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo de acordo com a Forbes. No Brasil, é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações.
Sobre a Oi
A Oi foi pioneira na prestação de serviços convergentes no país, com telefonia móvel, banda larga, TV por assinatura, transmissão de voz local e de longa distância. A companhia está presente em todo o território nacional e é a empresa que tem a maior capilaridade de rede do Brasil.