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Shoelace: saiba tudo sobre a nova rede social do Google

Shoelace

O Google está testando uma nova rede social, focada em encontros offline. Apesar de tudo acontecer, inicialmente, via aplicativo, a ideia é que as pessoas utilizem o Shoelace para participar e também organizar eventos hiperlocais.

Diferente das redes sociais já conhecidas, como o Facebook, o Instagram e o Twitter, o Shoelace traz uma nova proposta. E ainda, como consequência, a plataforma pode ser o motivador de novas amizades, formadas a partir de interesses comuns e experimentadas no mundo real, com uma ajudinha, é claro, de uma instância virtual.

Antes que o aplicativo Shoelace seja lançado no Brasil, aproveite para saber como ele funciona e já ter uma ideia se, futuramente, ele irá fazer parte de mais uma das suas redes sociais.

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Principais recursos do Shoelace

Na tradução livre, o termo “shoelace” significa cadarço, em inglês. E, assim, ao acessar o Shoelace, além de cadastrar a sua conta normalmente, o usuário deverá escolher algumas áreas do seu interesse, bem como registrar a sua localidade. Tudo para deixar bem amarrado o seu “shoelace”.

Já na página principal do aplicativo são apresentados os “loops”, ou seja, os laços que correspondem às atividades das áreas de interesse já selecionadas pelo usuário durante o cadastramento no app.

A princípio, os “loops” são gerados todos os dias, e o usuário pode, além de confirmar presença, conferir quais pessoas também irão ao local escolhido por ele.

Com o Shoelace, os usuários poderão criar listas para eventos ou atividades que costumam participar. Dessa forma, ficará mais fácil para o aplicativo identificar quais eventos deverá recomendar. Ao realizar uma viagem, por exemplo, se você escolheu interesses como “teatro” poderá usar a ferramenta para saber quais eventos estão acontecendo na cidade visitada.

Ainda, o Shoelace permite convidar pessoas em geral para os seus eventos, mesmo que elas não façam parte da rede. Os eventos podem ser criados no status público, a fim de que qualquer pessoa possa confirmar presença ou declarar interesse.

Assim sendo, a proposta do aplicativo é incentivar encontros offline, como uma rede social hiperlocal. Os laços do cadarço pretendem amarrar as pessoas e difundir os eventos localmente.

Em princípio, pode ser considerado um prato cheio para quem quer divulgar iniciativas sociais ou ambientais, por exemplo, e, até mesmo, propagar a sua marca na cidade.

 

Como surgiu a ideia da nova rede social do Google

O Shoelace foi criado por integrantes da Area 120, que funciona como uma incubadora interna de startups do Google. Focada em projetos experimentais, os funcionários podem inscrever iniciativas pessoais e encaminhá-las para aprovação.

Caso sejam aceitas, eles passam a trabalhar no desenvolvimento da ideia sugerida, recebendo apoio intelectual e financeiro da empresa.

No momento, o Shoelace ainda está sendo testado pela Area 120. A incubadora de inovação existe há três anos e já desenvolveu, por exemplo, o aplicativo Grasshopper, o qual ensina programação por meio de tutoriais simples e interativos.

 

Disponibilidade do app Shoelace

Se você ficou curioso até aqui e já está pensando em baixar o aplicativo para sair usando o Shoelace, lamentamos. Você vai precisar aguardar! Afinal, para usar o app, é necessário, antes de tudo, receber um convite. Da mesma forma como era para ingressar na extinta rede social Orkut. Assim sendo, é imprescindível ser convidado.

Além disso, o app está disponível somente para algumas comunidades na cidade de Nova York, nos EUA. Pelo menos por enquanto.

Conforme mencionou a Google, a ideia é entender como a ferramenta será incorporada pelos usuários para, então, disponibilizá-la a outros países. Em suma, a empresa pretende fazer testes de usabilidade para que, mais tarde, possa expandir com mais segurança os laços desse cadarço para outras fronteiras.

Mesmo que a previsão de expansão do Shoelace ainda não tenha sido anunciada, é possível se inscrever por meio de um formulário para ganhar acesso ao Shoelace no iPhone (iOS) ou no Android. Vale lembrar, porém, que a rede social ainda não está disponível para PCs.

E, no mais, o que resta aos futuros usuários é esperar, porque os testes com os recursos da nova rede social, de eventos locais, podem levar tempo para serem executados. E, assim, a chegada do Shoelace para o resto do mundo, incluindo o Brasil, dependerá da conclusão desses testes feitos pelo Google.

 

Tentativas anteriores

Depois do Orkut, comprado pelo Google, a tentativa da gigante de tecnologia foi investir no Google Plus. E, agora, a bola da vez é o Shoelace.

A rede social Orkut não foi uma criação da empresa. Ela foi adquirida e, posteriormente, engolida pela adesão dos usuários ao Facebook, permanecendo ativa até 2014.

Já o Google Plus é de autoria do próprio Google. Porém, após o lançamento em 2011, a rede social acabou sendo descontinuada em abril de 2019. Somada à falta de popularidade, foram detectados vazamentos de dados, afetando também a credibilidade do produto.

Enfim, considerada a baixa adesão, até que o Google Plus se manteve ativo por muito tempo. Foram oito anos, mesmo sem muita relevância.

Apesar de tudo, o Google voltou a apostar em uma nova e diferente alternativa ao introduzir o Shoelace no mercado de redes sociais. Essa proposta já foi lançada pelo Facebook em 2011 ao lançar o Schemer. Infelizmente, o Schemer não vingou e, em 2014, foi decretado o seu fim.

 

Vai dar certo?

Depois de um histórico de tentativas mal-sucedidas , a pergunta que fica é: será que vai dar certo? Dessa vez, vai emplacar?

Em vez de bater de frente e seguir a mesma ideia de aplicativos já consolidados no mercado, como o Instagram, Twitter e Facebook, dessa vez a Google está postando em um ferramenta diferenciada das demais plataformas.

O objetivo é proporcionar a descoberta de atividades interessantes que estejam acontecendo localmente, impulsionar os planos do usuário de sair de casa e, consequentemente, incentivá-lo a fazer amigos reais, não somente virtuais.

Acaba sendo uma crítica ao comodismo instituído, mesmo que subjetivamente, pelas redes sociais, que nos permitem uma comunicação somente a distância via dispositivos móveis ou PC.

Apesar de a intenção parecer nobre, aproximar pessoas a partir de gostos e propósitos em comum, privilegiando o meio social no qual vivem, ainda é cedo para apostar. Lembrando que a Shoelace poderá agradar mais às gerações que sentem uma maior necessidade de proximidade com outras pessoas, o que pode, talvez, ser um empecilho para conquistar aqueles que, praticamente nasceram no meio digital, como os oriundos da geração Z.

É certo que, além de testar recursos com funcionalidades que agreguem, o Google precisará focar na persona ideal para consumir o Shoelace, pois a falta de foco nesse aspecto poderá deixar o aplicativo na mesma situação em que acabou ficando o Google +: com baixa adesão e desinteresse do público ao longo do tempo, apesar de a sua empresa fundadora, a gigante das buscas do Vale do Silício, ter grande notoriedade e peso no mundo digital.

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