Você utiliza o seu celular no RJ da mesma forma que utiliza em casa? O clima de insegurança por conta da violência urbana pode impactar significativamente nossos hábitos no uso dos smartphones na cidade. Na esquisa Panorama Mobile – 2019, da Opinion Box, o brasileiro tem, de fato, medo de atender o celular na rua. No entanto, vamos abordar nesse post algumas atitudes que podem ajudar a lidar com esse tipo de situação incômoda.
Segundo a pesquisa, 84% dos entrevistados declaram que evitam atender uma chamada quando estão na rua. Mas, precisamente, 33% tomam esse cuidado em qualquer localidade e 51% dizem que “depende da rua”. Além disso, 47% dos respondentes relataram já tiveram seus aparelhos roubados ou furtados pelo menos uma vez.
Em estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, esse medo se torna ainda mais justificável. O primeiro semestre de 2019 representou um recorde no roubo de celular no RJ. Foram mais de 14 mil ocorrências (cerca de 78 por dia). Só no bairro de Copacabana, na zona sul, o aumento foi de 89,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por essa razão, andar com celular no RJ pode ser perigoso para seu aparelho e você também. Portanto, fique atento às dicas que reservamos nesse post.
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Falta de segurança x telefonia móvel
O pesquisa da Opinion Box demonstra que a sensação de insegurança entre os usuários não é paranoia, inclusive, de quem usa celular no RJ. A média de celulares roubados entre os entrevistados é de 1,57 por vítima. O estudo destaca como a segurança pública afeta diretamente o propósito central desse tipo de telefonia: a mobilidade.
Esse cenário é reforçado também por um levantamento da empresa Pitzi, que apontou em novembro de 2019 que mais de 80% dos brasileiros não se sentem seguros para usarem seus smartphones na rua.
A pesquisa realizada pela startup mapeou as principais finalidades para uso do telefone no trajeto entre casa, escola e trabalho, por exemplo. Receber chamadas (50%), aplicativos de mensagem (29%), redes sociais (11%) e entretenimento (10%) são as principais respostas.
Os entrevistados também relataram que ter algum tipo de proteção é um fator importante para garantir tranquilidade no uso externo do aparelho celular. No entanto, pelo relatório da Opinion Box, apenas 15% dos brasileiros com smartphone possuem algum tipo de seguro contra roubou ou furto de aparelhos.
A proporção de segurados é maior entre os que já foram vítimas e é também mais popular entre jovens de 16 a 29 anos. Sem dúvida, para quem usa celular no RJ, é uma grande preocupação.
Leia mais: Seguro para celular: veja como funciona e se vale a pena fazer
Celular no RJ: proteja-se de roubos e furtos
No vídeo abaixo você confere as dicas de Rodrigo Pimentel, também conhecido como Capitão Pimentel, ex-capitão do BOPE e um dos mais reconhecidos especialistas em segurança pública do país.
Pimentel possui o canal Conduta Inteligente no YouTube, onde fala sobre como lidar com situações extremas que figuram no cotidiano dos brasileiros.
Além das recomendações de Rodrigo Pimentel, atente-se para mais cinco dicas importantes de como se proteger e proteger seus dados em caso de roubos e furtos de smartphone:
1 – Autenticação sempre ativada
Em primeiro lugar, certifique-se de que o seu celular possui autenticação para desbloqueio por senha e/ou impressão digital. O desbloqueio através de reconhecimento facial não é a alternativa mais segura. Uma foto sua, por exemplo, é capaz de dar acesso indevido ao smartphone.
Leia mais: Esqueceu a senha? Veja como desbloquear seu celular
2 – Proteja os aplicativos mais importantes
Além da proteção ao desbloqueio do celular, manter senhas a parte e acesso via impressão digital para aplicativos importantes também irá proteger seus dados em caso de roubo ou furto do aparelho.
Proteja aplicativos de banco, aplicativos de trocas de mensagem e softwares no geral que contenham seus dados pessoais.
3- Desconecte suas contas
Se o celular foi roubado, você precisa desconectar das principais contas o mais rápido possível para garantir a segurança das suas informações. Afinal, sua conta do Google ou da ID Apple são a base de operação do sistema do smartphone.
Para desconectar da sua conta Google, entre nela através de um computador e acesse a área “Segurança”. Vá até a opção “Gerenciar Dispositivos” para localizar o aparelho que deseja desconectar. Selecione o ícone de três pontos à direita do dispositivo e depois escolha a opção “Sair”.
Já no caso de smartphones iOS, você precisa fazer login no iCloud pelo seu computador e entrar na seção “Ajustes”. Em seguida vá até “Meus dispositivos” para checar todos os dispositivos aos quais sua conta está vinculada. Marque aquele que você deseja desconectar e, em seguida, selecione o “X” ao lado do smartphone.
Desconexão em aplicativos
Também é importante desconectar remotamente de aplicativos como Instagram, Facebook, iFood e outros que possam conter suas informações. A maioria dos softwares possuem a opção de desvinculação em suas configurações de segurança que você poderá acessar através do login em outro dispositivo.
No caso do WhatsApp, o aplicativo permite que você desative sua conta pelo e-mail de suporte da empresa. Sua conta ficará inativa e poderá ser recuperada em até 30 dias. Após esse prazo seus dados serão apagados.
Para pedir a suspensão da conta, envie um e-mail para support@whatsapp.com com o assunto “Perdido/Roubado: desative minha conta”. No corpo do e-mail informe o seu número completo – — com o código do Brasil, +55, e o DDD.
4 – Aplicativos de rastreamento
Tanto dispositivos Android quanto iOS possuem aplicativos que podem rastrear e, se necessário, bloquear o smartphone. Encontre Meu Dispositivo do Google e Buscar Meu iPhone são os principais exemplos.
Esses apps conseguem dar a localização em tempo real do smartphone e emitir um alerta, bloquear e formatar o dispositivo à distância. Também é possível reproduzir um toque caso você tenha perdido o aparelho no modo silencioso e desconfie que esteja em um local conhecido, como a sua casa ou escritório.
A opção de rastreio, no entanto, requer que o aparelho esteja com bateria, conectado à internet e com GPS ativado. Se o celular estiver desligado e for reconectado à internet, você receberá uma notificação.
5 – IMEI: rastreio offline
Uma medida de cautela extremamente importante para proteger seus dados em caso de roubo ou furto do aparelho é guardar o seu número IMEI. Esse código é um registro na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que funciona como uma espécie de CPF de um indivíduo ou o chassi de um automóvel. Trata-se de uma sequência numérica que define alguns aspectos de um aparelho telefônico móvel.
O IMEI é um sistema de registro reconhecido internacionalmente. Com ele você pode bloquear as principais funções do seu dispositivo em caso de perda ou roubo. Ele também serve para verificar a autenticidade de um aparelho de segunda mão, por exemplo.
A forma mais simples de encontrar o seu código IMEI é pelo próprio discador do seu aparelho. Acesse o teclado utilizado para realizar as chamadas e digite *#06#. O código será exibido na tela do smartphone. Em caso de telefone dual chip, você irá notar que cada chip inserido terá um número IMEI diferente.
Veja também na embalagem do aparelho
Outra forma de encontrar e guardar seu código é pela embalagem do aparelho. As caixas costumam apresentar o número impresso na nota fiscal ou em uma etiqueta adesiva. Modelos mais antigos com bateria removível também podem apresentar o código em seu interior, atrás de onde a bateria fica encaixada.
Por servir como um registro de autenticação na rede de smartphones, ao bloquear o IMEI, o aparelho entra numa espécie de “lista negra” da Anatel e não poderá ser autenticado por nenhuma operadora.
Além disso, ter o IMEI em mãos é importante no momento de registrar um Boletim de Ocorrências na polícia para informar o roubo ou furto.
Leia mais: Como bloquear celular roubado pelo IMEI: saiba tudo aqui
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