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FaceApp: como funciona o aplicativo que ‘envelhece’ as pessoas

Não faz muito tempo, as redes sociais foram tomadas por uma enxurrada de fotos de pessoas que do dia para a noite envelheceram uns bons 50 anos. Era só acessar qualquer aplicativo que todos estavam participando da brincadeira. Não foi um surto de envelhecimento precoce, mas, sim, um aplicativo que virou fenômeno de repente – o tal do FaceApp.

Se você não estava tirando uma folga das redes sociais nesse meio tempo, é bem provável que você já tenha ouvido falar desse nome. Mas, você sabia que esse aplicativo, na verdade, nem é novidade? Ele fez sucesso em 2019, porém o FaceApp foi lançado em 2017, desenvolvido por uma empresa russa chamada Wireless Lab. Só que ele não ficou tão famoso na época.

Mas o que o FaceApp faz? Basicamente, trata-se de uma tecnologia que altera fotografias, que nem os filtros que existem em aplicativos como o Instagram ou o Snapchat. Para isso, o app utiliza algoritmos de leitura de imagem que permitem fazer as famosas modificações. Assim, todo mundo é capaz de ganhar umas rugas e algumas décadas a mais com apenas um toque na tela.

Atualmente, a versão gratuita do aplicativo conta com mais de 20 tipos de filtros. Eles permitem que o usuário, além de envelhecer suas fotos, também fique mais novo, troque de gênero, dentre outras funções. O FaceApp está disponível para download tanto no Google Play Store para os Android quanto na Apple Store para os dispositivos iOS.

Não participou da brincadeira ainda? Quer saber mais sobre o que fazer? Aqui vamos te explicar passo a passo como o truque funciona. E, mais que isso, vamos falar tudo sobre as polêmicas que acompanharam essa onda de transformação de fotos. Acompanhe aqui embaixo!

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Como usar o FaceApp para envelhecer

Já falamos que o FaceApp vem com vários outras opções para divertir os usuários, mas a que mais fez sucesso foi sem dúvida a função envelhecer. Até mesmo celebridades entraram nessa febre e divulgaram suas fotos envelhecidas nas suas redes sociais. Esse sucesso todo é por causa da capacidade do aplicativo de criar fotos hiper-realistas de qualquer pessoa.

O FaceApp é super fácil de usar. Basta ir até a store de preferência para o seu iOS ou Android e fazer o download gratuito do aplicativo. Depois, para descobrir como será sua versão do futuro, abra o app e selecione a função câmera. Você pode escolher se quer usar uma foto da sua galeria de imagens ou tirar uma nova na hora.

Geralmente, o próprio aplicativo já vai identificar fotos dos seus álbuns e sugerir quais seriam melhores para o filtro, como retratos ou selfies. Você pode até mesmo fazer login junto do seu Facebook e usar fotos que estão na rede, suas ou dos seus amigos. Daí é só selecionar a opção “idoso” e aplicar para ver a mágica acontecer.

Você pode brincar com amigos, família e até mesmo com fotos de famosos. Quanto mais vezes você clicar em aplicar o filtro, mais envelhecida sua foto vai ficando. O FaceApp ainda vem com a opção de compartilhar as fotos para as suas redes sociais, como Facebook e Instagram. Agora é só compartilhar com a galera e ver quem vai envelhecer melhor.

A graça é que bastante gente se viu muito parecido com seus pais ou avós, em um tipo de versão modernizada da própria família. A única questão é que, para criar essas imagens, o FaceApp requer autorização para acessar sua câmera, fotos e outras áreas do seu celular. Por isso, não demorou para as polêmicas começarem a aparecer.

Polêmicas do FaceApp

Nem tudo é mar de rosas, diversão, e fotos vindas diretamente do futuro. O FaceApp explodiu como um fenômeno de repente, gerando milhões de downloads ao redor do mundo. Com isso, surgiu a polêmica acerca das políticas de privacidade do aplicativo. Afinal, com um algoritmo tão avançado, fica a dúvida sobre que tipos de informações ficam vulneráveis no seu celular.

A sensação sobre a brincadeira foi tão grande que muita gente nem sequer se questionou sobre os tipos de autorização garantidas ao aplicativo. Porém, ao ser instalado, o FaceApp acaba tendo acesso a dados como sua localização GPS, endereço IP, páginas da internet, além das suas câmera e galeria de fotos.

A própria política de privacidade do FaceApp – aquela que ninguém lê – informa os usuários que seus dados podem ser coletados e enviados a terceiros. E aí surge uma questão maior ainda: por que uma empresa russa quer acesso aos rostos de milhões de pessoas? E o que ela está fazendo com esses dados? Afinal, pessoas não hesitaram ao compartilhar sua vida nas redes sociais.

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FaceApp rouba dados de usuários?

Nessa era de mídia social, é difícil falar sobre roubo de dados. Todo aplicativo trabalha, pelo menos um pouco, com algum estudo sobre o perfil do usuário. A grande justificativa por trás disso é a questão do marketing. Quanto mais uma empresa souber sobre quem está navegando na internet, mais ela é capaz de personalizar anúncios de publicidade e outras funcionalidades.

Mas o que o FaceApp tem a ver com isso? O problema por trás do aplicativo é que seus termos de uso são bastante vagos, ao mesmo tempo em que permitem que a empresa tenha acesso à inúmeras informações do usuário. Em meio à febre de downloads, tudo isso passou despercebido e muita gente ficou sujeita ao tal roubo de dados.

Segundo os termos de uso, ao fazer o download você garante ao aplicativo uma licença perpétua e irrevogável aos seus dados, além de permitir que o FaceApp utilize, reproduza, modifique e exiba seus conteúdos de usuário. Ou seja, isso quer dizer que a empresa é livre para fazer do seu nome, imagem e demais conteúdos o que bem entender. E, mais, você autorizou.

Aliás, “irrevogável” é um termo importante aqui. Ele significa que, uma vez aceitos os termos, o usuário não tem mais direito de voltar atrás e mudar de ideia, mesmo que ele exclua o app de seu aparelho celular. Na prática, seu rosto pode ser utilizado em campanhas publicitárias sem o seu conhecimento, por exemplo, esteja ele com ou sem os filtros do aplicativo.

Política de privacidade

A política de privacidade do FaceApp é um dos pontos mais polêmicos sobre o aplicativo. Segundo especialistas da área de segurança, os termos não fornecem nenhum tipo de proteção real ao usuário, mas isentam a empresa de responsabilidades sobre o uso de dados de quem baixar o app. E as polêmicas não acabam por aí.

Embora o FaceApp garanta que exclui a maior parte das imagens dos usuários do seu banco de dados dentro de 48 horas, o problema está exatamente aí: a maior parte. Não é possível ter controle sobre quais imagens serão ou não utilizadas pelo aplicativo, nem para qual propósito. Na política de privacidade do FaceApp, um dos tópicos deixa claro que informações são coletadas.

O aplicativo garante que essas informações são utilizadas apenas para melhorar a experiência do usuário, mas não explica como. Outro trecho afirma que o FaceApp não vende ou aluga os dados coletados, mas que eles podem ser repassados a terceiros por razões de publicidade. Outro fator é armazenar tais dados em servidores onde legislações de proteção e privacidade não se aplicam.

Como utilizar de maneira segura?

A resposta para essa questão é difícil, porque ela não existe de fato. Utilizar o aplicativo implica em correr o risco de ter seus dados coletados e, talvez, utilizados sem o seu conhecimento. Por outro lado, vários aplicativos seguem o mesmo tipo de política todos os dias. Logo, a escolha fica a seu critério.

O FaceApp tem sido uma superplataforma de diversão para os usuários, com alguns riscos à parte. Agora, é só decidir se a brincadeira vale a pena ou se é mais negócio esperar para se ver no futuro da maneira convencional.

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