A internet está tão intrincada em nossas vidas que fica difícil imaginar como era o mundo sem ela. Porém, para quem tem uma vaga lembrança (ela já quase foge à memória), perto da virada do milênio acessar a web era uma tarefa custosa tanto de dinheiro quanto de paciência. E, para formular virtualmente esse cenário antigo, é preciso entender, antes, o que é um provedor de internet!
Apesar de a expressão se manter na boca do povo, seu conceito real foi ligeiramente modulado de forma a abranger a atual prestação de serviços que temos. É bem verdade que um mapeamento dessa atuação demonstraria que seu lugar no mercado tecnológico ainda está mantido, mas também demonstra novos atores e modos entrando em cena.
Antigamente, o provedor de internet era a empresa que intermediava a vinculação da conexão residencial à rede mundial de computadores. Isso acontecia porque as operadoras de telefonia só poderiam atuar em nichos do segmento de telefonia mesmo. Ou seja, a empresa até poderia entregar a conexão, pois ela chegava via cabeamento telefônico, mas as credenciais para autorização de navegação eram outra responsabilidade.
Nesse momento, entrava em cena o papel do provedor, o qual fornecia tais credenciais para que o usuário pudesse se vincular à rede. Então, o que aconteceu é que essa metodologia de prestação de serviços evoluiu, passando às próprias operadoras de telefonia o papel de credenciamento na web. Ou seja, além de prestar o serviço de internet, as operadoras (geralmente) de telefonia passaram a ser também o provedor.
Quer saber mais sobre essa história toda? Além de nostálgica para quem a viveu nos primórdios, trata-se de uma distopia para quem já cresceu na era digital!
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O que é provedor de internet
De maneira geral, para entender o que é provedor de internet, hoje em dia basta que você pense na sua prestadora de serviços desse tipo. Ou seja, independentemente de qual seja a sua, tal como Claro Banda Larga, TIM Live ou Vivo Fibra, essa será a sua provedora. Porém, nem sempre essa atuação era conjugada numa única empresa.
Conforme antecipamos, as empresas de telefonia somente poderiam atuar no segmento da própria telefonia. Ao contrário dos valores de livre concorrência que vêm sendo cada vez mais implementados no mercado, havia restrições para que elas atuassem com serviços além do seu segmento, o que forçava o consumidor a contratar um provedor isolado.
Na longínqua década de 90, algumas etiquetas eram literalmente sinônimas de provedor de internet. Entre elas, IG, UOL e Terra se destacavam com grande distância de outras concorrentes, e eram responsáveis por intermediar a conexão caseira à rede mundial de computadores.
A finalidade de tais provedores era, então, a de oferecer protocolos que permitissem a vinculação à rede mundial de computadores. Ou seja, enquanto as empresas de telefonia entregavam, via cabeamento telefônico, o acesso físico à internet, eram deles a finalidade de entregar a contraparte virtual desse acesso, os protocolos de credenciamento digital.
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O tempo da internet discada
Nessa época, década de 90, os provedores de internet eram, também, sinônimo de um ruído nostálgico para muito gente, porém chato para a maioria dos usuários. Era o barulho que, para ser explicado, precisaria de um monte de termos técnicos, mas pode ser resumido da seguinte maneira: ele permitia a vinculação à rede e determinava a velocidade da comunicação.
É justamente nesse tempo que o termo mais tradicional se fazia adequado. Se perguntássemos o que é provedor de internet? nessa época, a resposta mais acertada seria: uma empresa alheia ao serviço de telefonia que permite que meu computador utiliza a internet provida pela minha empresa de telefonia.
O fato é que, apesar de, a função não haver subsistido, essa resposta não seria mais tão adequada hoje em dia. Isso, pois não seria lógico dizer que o provedor é a empresa que liga meu computador à internet que essa própria empresa entrega. Apesar do acúmulo de funções, hoje em dia o provedor de internet ainda presta a mesma o mesmo serviço, mas sua pessoa é muito mais abrangente.
Novas tecnologias e o provedor de internet
Com a chegada de novas tecnologias ao mercado, o ator de provedor de internet foi sendo substancialmente alterado. Fibra ótica, internet via satélite ou via rádio são algumas das alterações na entrega do serviço de internet, e, com eles, a função de prover os protocolos de credenciamento na rede passou a ser das próprias operadoras.
A partir desse momento, quem entrega o serviço pode também atuar como o próprio provedor, cobrando por ele e sendo o responsável pela vinculação à rede da sua casa ou empresa. Ou seja, o que antes era responsabilidade de duas prestadoras distintas restou por ser conjugado em uma única pessoa jurídica.
Ou seja, o papel antigo de provedor da internet passou a ser ocupado pelo que hoje chamamos de operadora. Essa tem legitimidade para atuar não só com os serviços relacionados à internet, mas, também, pode atuar em outros segmentos, os quais proporcionam a existência dos combos de internet, TV, celular e telefone fixo, tudo em uma única contratação.
Ainda que 79,9% da população brasileira já conte com acesso à internet, segundo o IBGE, a internet fixa encontra suas limitações para alguns rincões do país. Assim, ainda subsiste a internet discada (aquela do ruído acima) para uma parcela da população, mas esses já são a minoria e não necessitam mais de um provedor aos moldes dos anos 2000.
Diferença entre provedores e servidores
Ainda que subsista a confusão para alguns usuários da internet, provedores e servidores são terminologias relacionadas a conceitos bastante distintos.
O primeiro, o provedor, está relacionado à prestação de serviços que providencia o acesso à internet por meio de protocolos credenciais. O segundo, o servidor, está relacionado a uma unidade física que armazena informações sobre o fluxo de informação acontecido nas redes.
Ou seja, os servidores são centrais físicas que fazem monitoramento de todas as informações que entram ou saem de uma determinada instituição por meio da internet.
Servidores, por exemplo, são as unidades que ocupam prédios inteiros quando estão em jogo serviços com dados sensíveis, tal qual faz o Serpro aqui no Brasil, que gerencia os dados de todo o governo federal, incluindo os dados da Receita Federal.
Ainda existem provedores de internet?
Como você pode presumir, a atuação dos provedores de internet acabou subsumida pelas atividades das operadoras de internet. Além de realizar a entrega física da rede, tais empresas se responsabilizam pelo função que antes era dos provedores.
Mesmo em casos de internet discada no Brasil, os quais ainda existem e para os quais ainda há tecnologia para regiões deficitárias de cobertura, a própria operadora de telefonia cumpre esse papel. Ou seja, os provedores ainda existem na sua função, porém, quando avaliada a realidade dos fatos, o conceito mudou de etiqueta: viraram operadoras.
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