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Redes sociais e qualidade do sono: tempo demais na internet faz você dormir mal?

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redes sociais e qualidade do sono

Redes sociais e qualidade do sono: tempo demais na internet faz você dormir mal? Muito se ouve sobre rotina de sono, sobre desligar os aparelhos eletrônicos antes de dormir, ter um ambiente escuro e saudável para que o cérebro realmente descanse. Isso porque a iluminação dos aparelhos prejudica a ação da melatonina, também conhecida como hormônio do sono.

Mas, qual a importância de um sono regular, sem interferências?

De acordo com o médico neurologista Jean Ragnini, a retina contém células fotossensíveis que ajudam o cérebro a regular o relógio biológico, responsável pelos ciclos de sono-vigília, controle da temperatura corporal e mudanças hormonais. Assim, ao ser atingido pelo brilho das telas, seu ritmo biológico pode ser desregulado.

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Problemas cognitivos e comportamentais

Pesquisa canadense recente analisou a ligação entre uso de redes sociais e qualidade do sono em 5.242 alunos com idades entre 11 e 20 anos. O resultado foi que, entre os meninos, 59,6% relatavam que dormiam muito pouco. O número aumento no caso das meninas, onde chegou a 67,9%.

“Mais de metade das crianças e adolescentes que enviam mensagens de texto pelos celulares – nos momentos que já estão deitados para dormir – ou navegam mais de 2 ou 3 horas diárias na internet durante a noite já estão mais propensos a desenvolverem transtornos do sono”, explica Ragnini.

Estudo publicado no jornal Chest afirma que os jovens podem apresentar, inclusive, mais problemas comportamentais, cognitivos e alterações de humor.

Outra pesquisa, essa feitas no Centro Médico JFK, nos EUA, mostrou que o número de mensagens de texto – ou SMS – enviadas pelas crianças entrevistadas chegava a 33 por noite. O número é bastante alto, principalmente para indivíduos que deveriam estar tentando dormir e não sendo estimulados a permanecer acordados.

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Queixas mais comuns

As queixas principais dos pacientes com excesso de tecnologia, de acordo com o neurologista, são: dores nas pernas, insônia e condições como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão e dificuldades de aprendizado.

“O sono regular e sem interferências melhora muito o desempenho escolar das crianças e auxilia no bom desempenho dos adultos no cotidiano e atividades laborais”, afirma Ragnini.

Rede sociais e qualidade do sono: a preocupação deve ser imediata?

Os hábitos ligados ao sono são importantes para garantir um bom progresso acadêmico, desempenho no trabalho e até mesmo o desenvolvimento adequado na infância.

Porém, raras são as vezes que os smartphones ficam longe das atividades diários e do quarto na hora de dormir. Seja dos pais ou dos filhos.

Assim, existe uma preocupação imediata principalmente com as crianças, para que não tenham, desde cedo, o vício em redes sociais. Isso porque, segundo o neurologista, a longo prazo, essa necessidade pode se transformar em quadros depressivos, ansiosos ou mesmo de crises de pânico.

O cuidado com os pequenos deve partir dos pais, por meio da criação de rotinas para o uso dessas tecnologias.

Afinal, desconectar, deixar um pouco de lado o uso de celulares e tablets, ou até mesmo utilizar com cautela, pode fazer dos dispositivos móveis, e da internet, aliados ao desenvolvimento de conhecimentos e habilidades sociais.

Neste artigo damos dicas de ferramentas e aplicativos que ajudam os pais a controlar o tempo dos filhos no celular.

Quanto tempo é possível ficar nas redes sem prejudicar o sono?

Estudo do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova York, demonstrou que usar o tablet por duas horas antes de dormir já causa problemas expressivos em nosso sono, além de produzir um atraso gradual no horário de ir para a cama.

Embora possa parecer uma prática inofensiva, pesquisa publicada no BMC Public Health afirmou que, se o comportamento de utilizar as redes sociais antes de dormir for persistente, principalmente no caso de crianças, pode prejudicar o desempenho nas atividades escolares.

“Cabe aos pais ficarem atentos para modificar esses hábitos, pois uma noite mal dormida guarda relações com menores níveis de concentração e menor performance acadêmica. Essa dificuldade se deve em função da sensação de cansaço ao longo do dia”, comenta o médico.

Apps de monitoramento de sono ajudam mesmo?

Hoje em dia existem os mais variados aplicativos de monitoramento das atividades. Corrida, pedal, alimentação, até mesmo alguns que lembrar de tomar água, levantar da cadeira para não ficar muitas horas sentado no computador. Mas e que tal usar apps para monitorar o sono? Mas será que eles ajudam mesmo?

Para muitos cientistas e pesquisadores do tema, a resposta é um sonoro não. Isso porque nenhum deles rastreia o ciclo mais profundo do sono, o REM, durante o qual se tem a maior parte de atividade cerebral.

“Para isso, é necessário monitorar o cérebro, não os movimentos na cama ou roncos”, afirma o neurologista, que complementa: “Apps de monitoramento de sono podem sim atrapalhar”.

Dicas para uma boa noite de sono

  • Manter horários regulares de sono.
  • Manter um ambiente confortável para dormir.
  • Evitar o uso de substancias estimulantes à noite.
  • Evitar aparelhos estimulantes no local de dormir como televisões e celulares.
  • Evitar o aquecimento ou resfriamento excessivo do corpo antes de dormir.
  • Uma vez na cama, evitar controlar o passar das horas com o relógio.
  • Não se forçar a ficar na cama caso não tenha sono. Por vezes é melhor levantar e se ocupar até que o sono retorne naturalmente.

Agora que você já sabe o quanto o uso do celular, computador ou tablet pode ser o responsável pelas suas noites mal dormidas, confira 5 passos para controlar o uso das redes sociais e melhore a qualidade do seu sono.

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