Com tanta tecnologia disponível nos dias de hoje, o cabo USB se tornou um item praticamente indispensável. Seja para carregar um dispositivo portátil ou transferir dados entre dois aparelhos, nunca se sabe quando uma conexão USB pode ser necessária. Mas, você sabia que até ela já está ficando ultrapassada? Os USB-C chegaram para ser a evolução do USB.
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O que é USB?
Antes de mais nada, precisamos falar sobre USB antes de entrar no assunto do USB-C. USB é uma sigla que vem do inglês “Universal Serial Bus”, que basicamente significa algo como “porta universal”. Isso faz sentido, pois o principal uso do USB é conectar dois dispositivos não relacionados de maneira fácil e rápida.
A princípio, a ideia por trás da tecnologia era permitir a conexão entre dispositivos periféricos e um PC fixo. Isto é, monitores, teclados, mouses, hard drives, impressoras, pen drives e inúmeros outros que geralmente eram ligados à CPU. Até hoje é bastante comum que esses tais de dispositivos periféricos sejam ligados nesse formato a notebooks ou outras redes, por exemplo.
É possível, até mesmo, conectar dispositivos como smartphones ou tablets diretamente no computador. Assim, você é capaz de efetuar a transferência de dados sem a necessidade de desligar o celular primeiro. Por isso, a grande maioria dos computadores hoje em dia já vem equipada de fábrica com entrada para dispositivos USB.
Embora o USB-C esteja chegando para revolucionar o mercado, o USB comum ainda é o mais encontrado nas tecnologias tradicionais. Principalmente por ser capaz de se conectar tanto com dispositivos mais antigos quanto com os atuais, é bem provável que ele continue bastante presente para o público geral por mais um bom tempo. Porém, há diferentes tipos disponíveis.
Diferenças entre USB 1.1, 2.0 e 3.0
Antes de entrarmos no nosso assunto principal, que é o USB-C, precisamos falar um pouquinhos sobre as outras versões do USB disponíveis para o consumidor hoje em dia. O USB-C é com certeza a maior revolução de todas as categorias, mas não custa nada aprender um pouco mais sobre cada uma delas, não é mesmo? Acompanhe aqui embaixo!
USB 1.1
Este aqui é provavelmente o primo mais distante do USB-C. Isso, porque ele é o USB padrão de 1ª geração, lançado em 1998. Embora não seja o primeiro a ter sido lançado, ele foi o primeiro a unificar o tipo de interface utilizada para conectar quaisquer dispositivos periféricos. Foi graças a esse cara que se tornou possível usar o mesmo cabo para diferentes aparelhos.
Em questão de velocidade, porém, ele deixava muito a desejar. Mesmo à época de seu lançamento, já era considerado particularmente lento. Sua conexão permitia velocidades de 1,5 Mbps até no máximo 12 Mbps. Apesar disso, sua contribuição para a padronização dos conectores USB – que levaram ao USB-C – merece ser considerada.
USB 2.0
O USB 2.0 é uma das versões USB mais populares – tanto que é utilizada até hoje. Em relação ao conector, ele permanece sendo o mesmo da versão anterior, o 1.1. O que muda é sua velocidade. Essa versão surgiu em 2000 com o objetivo de fornecer suporte a dispositivos que exigiam uma maior largura de banda, como pendrives, HDs externos e monitores de alta resolução.
Lançado no ano 2000, ele é capaz de sustentar até 480 Mbps de transferência, uma largura 40 vezes maior que a de seu antecessor. Por ser bastante versátil, ele cobre a necessidade da maior parte dos dispositivos, desde os mais lentos, como teclados e mouses, até os de alta velocidade. Assim, ele segue firme e forte no mercado para atender a essas demandas.
USB 3.0
O USB 3.0 é o mais próximo da tecnologia USB-C, mesmo que ainda não seja exatamente muito popular. Embora apresente muitas vantagens em relação ao seu antecessor, o problema é que o USB 2.0 ainda supre as necessidades da maioria dos usuários. Por isso, não há um grande público atrás da versão 3.0.
A solução dos fabricantes é oferecer uma espécie de híbrido para o mercado. Isto é, dispositivos com portas USB 3.0 e 2.0 – o que, inclusive, torna o produto final mais barato. O USB 3.0, assim como o USB-C, promete transferências de dados muito mais velozes, com taxas de até 4.8 Gbps, o que é ótimo para dispositivos de alta performance.
Como ele também se promete um fornecimento de energia até 80% maior em relação aos seus antepassados, pois seu conector possui 9 pinos em vez dos 4 pinos utilizados até a versão 2.0. Na prática, isso promete maior velocidade e fluxo de energia para gadgets que demandam bastante dos cabos de conexão. E a próxima geração? É a que você encontra aqui embaixo.
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O que é USB-C
Finalmente chegamos ao ponto central do nosso artigo: o tal do USB-C. Também conhecido como USB 4.0, ou Tipo-C, ele chega ao Brasil como a evolução do USB no mercado. Anunciada em 2014, já foi classificada como a conexão do futuro, e parece ter chegado para ficar. Vamos falar tudo sobre as inúmeras vantagens desse tipo de conector para você.
A primeira coisa que você precisa saber sobre o USB-C é sobre sua praticidade. Além de ser um conector multiuso, esse modelo também é reversível. Ou seja, não tem mais aquela chatice de tentar encaixar o USB pelo menos três vezes até achar a posição certa. Com o USB-C, você pode conectar seu dispositivo com o conector virado para cima ou para baixo que não faz diferença.
A ideia por trás de seu lançamento veio junto com a necessidade de se produzirem computadores portáteis cada vez mais finos. Assim, criou-se um novo tipo de conector que, além de menor, também seria capaz de substituir outras entradas, como saída de vídeo, conector de energia e outras portas USB comuns. Afinal, quanto menos cabos melhor, certo?
Evolução e Velocidade de transferência USB-C
Na verdade, o USB-C não é apenas uma evolução USB, mas sim um novo tipo de conector que chegou para revolucionar outras áreas da tecnologia também. O USB-C conta com 24 pinos conectores. Para se ter uma noção, seu “predecessor”, a versão USB 3.0, tinha apenas 9! Isso, porque esse conector vem com um pouco de tudo dentro do mesmo dispositivo.
Quatro pares servem para recargas elétricas, quatro para transferência de arquivos, dois para se adaptar e se comunicar com o USB 2.0 e os dois que sobraram para verificar a orientação do conector – isto é, para você não se preocupar se ele está ou não de ponta cabeça. Parece bastante, não é? E é mesmo. Por isso, não é justo dizer que ele é apenas uma evolução de USB.
Em questão de velocidade, ele deixa todos os outros modelos comendo poeira. Além de se manter compatível com versões antigas, como os 480 Mbps do USB 2.0, ele é capaz de chegar a incríveis 40 Gbps com um dispositivo compatível e o cabo USB-C. Não precisa nem dizer que esta velocidade se dá melhor com dispositivos de alta performance, precisa?
Hoje em dia, a indústria dos USB nem está mais limitadas a computadores. Tendo sido abraçado por fabricantes de celulares, tablets, HDs externos e até mesmo fones de ouvido, faz sentido que seja criado um conector universal para todas essas variedades. Por isso, o USB-C chega para acabar com a confusão dos vários tipos de conectores e adaptadores.
A tendência é que o uso do USB-C apenas cresça até dominar o mercado. Contudo, vale lembrar que, até lá, as outras versões USB continuam em pleno uso. Por isso, caso você queira misturar os dois mundos, você vai precisar de um adaptador. Seja para se conectar com o notebook, o smartphone ou outro gadget tecnológico, é bom manter um adaptador à mão.
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