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Saiba o que é a profissão de streamer e veja se ela combina com você

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Você já sonhou em ganhar a vida transmitindo ao vivo aquilo que ama fazer? Pois essa profissão existe e tem nome: streamer.

O termo é mais usado no universo dos games, no qual as partidas ao vivo – os famosos gameplay -, são uma verdadeira febre. Porém, alguns consideram que os streamers também podem oferecer conteúdos sobre temas como educação, literatura, filosofia e política.

A profissão vem se popularizando ao lado de outra, que já é amplamente conhecida: a de youtuber. Muitos streamers também são youtubers, o que acaba criando certa confusão. Mas, basicamente, youtuber é a pessoa que produz conteúdo para o YouTube, independentemente do nicho e do tamanho do canal.

Já os streamers são profissionais que utilizam ferramentas de transmissões ao vivo – sejam elas quais forem – e levam, em tempo real, entretenimento e informação para o público. Pois é exatamente essa questão do uso do tempo real que permite que os streamers criem um laço mais estreito com o seu público.

E existe gente ganhando dinheiro com isso. Os valores variam de acordo com a plataforma e com o número de visualizações. Contudo, os melhores streamers têm ganhos na casa dos milhares de dólares, influenciam as pessoas ao seu redor e são convidados VIP para eventos ou para testar jogos antes de serem lançados no mercado.

No artigo abaixo, explicamos direitinho como isso funciona e damos mais detalhes sobre a vida de um streamer. Vem com a gente e descubra se isso é pra você.

Leia mais: O que é a carreira de digital influencer?

De onde vem o termo

A palavra stream significa fluxo ou corrente, em inglês. Já o termo streaming virou sinônimo de transmissão. Ele foi popularizado pela Netflix e nada mais é do que uma tecnologia que envia informações multimídia por meio da transferência de dados. Outro exemplo de streaming é o YouTube, que utiliza essa técnica para transmitir vídeos em tempo real.

À medida que foram surgindo plataformas abertas de streaming, seu uso foi sendo disseminado entre os jovens. O YouTube trouxe uma mensagem clara: Broadcast Yourself. Em inglês, “transmita-se”. Ou seja, você mesmo pode ser o astro, a voz e a cara desse novo mundo. E assim se fez. Hoje, o YouTube é o segundo site mais acessado do planeta.

As transmissões ao vivo, que antes eram extremamente complexas de serem feitas via satélite pelos canais de TV, acabaram virando rotina na vida de pessoas comuns, especialmente entre os fãs do universo dos games.

Quem são os streamers

Quem não é familiarizado com esse universo pode achar estranhos esses vídeos no YouTube, em que os usuários ficam acompanhando o jogo de outra pessoa. “Mas qual a graça de ver alguém jogando?”, muita gente se pergunta. Na indústria de videogames, que representa US$90 bilhões em circulação no mundo, muita gente vê graça nisso.

Jogadores encontraram no YouTube um lugar para assistir a seus jogos favoritos serem jogados, comentados e discutidos. A Amazon, gigante de vendas online e de e-books, criou o Twitch TV, um serviço semelhante ao YouTube, porém com foco exclusivo nos jogos, principalmente na nova tendência de eventos de e-sports, com transmissões ao vivo de campeonatos ou mesmo de partidas casuais. Notícias de e-sports se multiplicaram na mesma proporção.

Mais do que isso, criou mecanismos de patrocínio individual barato, no qual o espectador contribui diretamente, o jogador faz uso dos ganhos para melhorar a qualidade do seu aparato e assim o ciclo se repete.

Além disso, existe outra plataforma de jogos bastante conhecida, a Steam, que tem títulos famosos como Dota 2 e Counter Strike, chegando a bater a marca de mais de 12 milhões de jogadores simultâneos diariamente.

Com essas ferramentas, uma nova classe de criador de conteúdo ganhou força, voz e relevância na internet: o streamer. Um transmissor do seu conteúdo especializado, que fala abertamente sobre suas paixões e as compartilha com o mundo. Com a demanda, se tornou fonte de trabalho, renda e status social.

O que fazem os streamers

João “Jovironebr” Victor começa seu dia cedo, se preparando para uma longa sessão de partidas de League of Legends. O jogo é para computador e está ambientado em um mundo de fantasia, tendo uma verdadeira legião de jogadores e fãs ao redor do mundo. Existem 1 milhão de usuários brasileiros jogando League of Legends todos os dias.

Um dos 100 melhores jogadores do game no Brasil, Jovironebr também é um dos streamers mais influentes da comunidade brasileira, chegando a mais de 220 mil seguidores na plataforma de transmissão Twitch TV. Seu trabalho é mostrar para seu público todas as suas jogadas em tempo real.

A maratona de jogos de Jovironebr normalmente começa às 8h e termina às 14h, totalizando em média seis horas seguidas em frente ao computador. O horário da manhã, segundo ele, o ajuda a ter uma rotina mais saudável, o público é mais fiel a stream e o ajuda a não competir com outros grandes players. Ele decidiu viver só das transmissões de seus jogos após concluir o ensino médio. Diz que ama o que faz e pretende continuar vivendo disso pra sempre.

Como outros streamers, Jovironebr também conta com patrocínios para seus equipamentos, realiza eventos e participa de outros para complementar sua renda. Essa exposição de marcas contribui para ambos os lados, fornecendo ao jogador equipamentos adequados e fidelizando os fãs daquele mesmo player a uma marca específica.

Porém, nem tudo é um mar de rosas. Os streamers estão à mercê de trolls, fóruns de discussão e olhar clínico de usuários de mais alto nível. Devem ter cuidado com as palavras. Qualquer ofensa grave a uma pessoa ou grupo pode resultar em um linchamento virtual. A internet não perdoa. Quando são patrocinados, devem ser transparentes e calmos em relação à forma como comunicar esse patrocínio, ou podem ser vistos como ‘vendidos’.

Qual a diferença de youtuber e streamer

As plataformas mais usadas pelos streamers de jogos são a Twitch TV e o YouTube. Todos os dias, cerca de 40 streamers brasileiros compartilham as suas gameplays na Twitch TV. Também é possível realizar as transmissões via PlayStation 4 ou Xbox One. Para essas duas últimas plataformas, é necessário um dispositivo de captura externa que deve ser conectado à TV e ao computador.

O que difere um youtuber de um streamer é que um entrega um vídeo pronto, produzido, finalizado e com tempo de duração específico. Já o outro apresenta um produto ao vivo, mas que gera interação com o público em tempo real.

Mas, um youtuber pode ser, também, um streamer. Ou seja, o influenciador pode produzir conteúdos em tempo real e mesclar com vídeos gravados para conquistar o público de formas diferentes.

Quanto ganha um streamer

A remuneração do streamer varia conforme a plataforma de transmissão ao vivo. Eles são pagos de acordo com a quantidade de pessoas que estão assistindo à live. O uso de anúncios também rende uma grana extra. Mas, pra seguir na área é preciso realizar um pequeno investimento. É indicado ter computadores potentes, com processadores similares ao Core i5 e, pelo menos, 8 GB de RAM.

Por serem sites americanos, a realização do pagamento é feita em dólar, o que atrai ainda mais pessoas de países com a moeda desvalorizada em relação ao dólar, como é o caso do Brasil.

Os ganhos iniciais ficam entre US$0,70 e US$1,40 por cada 1.000 visualizações. Porém, à medida que as visualizações aumentam e a rede de espectadores começa a aumentar, os ganhos passam a ficar entre US$1 e US$2,50. As informações são do site DinheiroNinja.

A profissão ainda é envolta em muitos estigmas e preconceitos. A adesão cultural aos videogames já tem dificuldades de ser aceita como um hobby, quanto mais como profissão. Para os olhos de muitos, o streamer não passa de um sedentário, desocupado.

Entretanto, é o tipo de ocupação que atrai especialmente aqueles que buscam uma oportunidade de trabalhar com o que amam. Talvez seja esse um dos maiores questionamentos propostos pela Geração Y, aqueles nascidos entre 1980 e 1995: que sentido faz trabalhar com algo que te deixa infeliz?

Leia mais: Plataformas de streaming de jogos: qual é a melhor?

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