IPTV é pirataria? A IPTV é uma tecnologia de transmissão de vídeo que permite assistir programas e canais de TV paga gratuitamente pela internet, com maior qualidade e sem oscilações de imagem ou som. Isso porque a transmissão do sinal ocorre diretamente pelos serviços de banda larga.
Mas embora possua inúmeras facilidades, muitos usuários ainda têm dúvidas se a IPTV é pirataria, uma vez que permite gravar programas ilegalmente e assistir canais protegidos, como os das TVs por assinatura. Para isso, basta ter um aparelho ou usar um aplicativo específico.
Mas, afinal a IPTV é ilegal?
Existem inúmeras discussões sobre se a IPTV é pirataria. Mas em suma, a tecnologia de IPTV não é considerada ilegal, uma vez que alguns canais de TV transmitem de forma gratuita os programas pela internet. O problema é que a tecnologia também permite captar sinais das TVs por assinatura que podem ser gravados e distribuídos de modo ilegal.
No Brasil, existem poucos serviços de IPTV que oferecem canais de assinatura de modo legal. E ainda nesses casos, há uma oferta menor de canais do que em uma TV a cabo tradicional, pois empresas como a Guigo precisam de autorização para redistribuir a programação pela internet.
Assim, é preciso estar atento, pois mesmo algumas empresas que trabalham com a tecnologia, possuem CNPJ, e oferecem canais de TV a cabo podem não ser consideradas legais.
A questão é que não há uma regulamentação específica sobre esse tipo de serviço no país, ainda que seja bastante conhecido e buscado pelos brasileiros há anos.
Entenda a seguir, o que é IPTV, como funciona, os principais recursos e qual a relação com a pirataria. Confira!
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O que é IPTV?
O termo IPTV é um acrônimo de Internet Protocol Television (TV sob o protocolo de internet, em português) e refere-se a transmissão de um sinal de TV via protocolo IP. Em outras palavras, trata-se da transmissão de canais pela internet. Na prática, funciona da mesma forma que a transmissão de conteúdos televisivos, mas através das conexões de banda larga.
Ou seja, a IPTV não utiliza sinais de rádio (rede aberta), cabos ou satélite, e sim conexão de internet. Dessa forma, há maior qualidade de som e imagem nos canais, sem travamentos ou falhas no sinal.
Os usuários possuem ainda alguns recursos adicionais para ampliar a interatividade, gravar programas e escolher conteúdos disponíveis online (on demand).
Assim, de modo objetivo, os próprios canais de algumas emissoras transmitem de forma gratuita a programação por meio dos serviços de streaming na internet ou pelo YouTube. Por exemplo, filiais regionais do SBT, Rede Brasil, Rede Vida, Record News, América Sports e vários outros.
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Como funciona a pirataria da IPTV?
A tecnologia IPTV é viabilizada por aparelhos e aplicativos que captam os sinais das TVs gratuitas na internet. O problema é que esses mesmos equipamentos podem captar os canais de TV a cabo, quebrando as proteções de CAS e DRM.
O CAS é uma estrutura que indica se um usuário pode assistir o que é transmitido por um canal. Já o DRM protege os conteúdos, atribuindo autores e responsáveis por filmes, séries, documentários e etc. Em outras palavras, essas proteções garantem que apenas os assinantes de TV a cabo, por exemplo, tenham acesso a determinados canais.
Assim, com certos equipamentos e aplicações comercializados como “TV gato” é possível romper essas proteções, tendo acesso aos canais de TV a cabo ilegalmente. Nesses casos, o usuário paga apenas pelo aparelho e não paga a assinatura mensal – diferente da ideia de TV por assinatura online via IPTV.
Listas de canais
Mas além do acesso ilegal aos canais das TVs por assinatura, outra prática associada a IPTV é a distribuição das listas de canais em fóruns e comunidades online. O compartilhamento é considerado pirataria pelas emissoras, operadoras de TV e detentores dos direitos autorais, que cobram pela assinatura dos serviços.
Com isso, hoje há aparelhos específicos no mercado que oferecem os canais de IPTV pré-configurados (de modo ilegal).
Como ter acesso aos serviços legalizados de IPTV?
Atualmente, no Brasil há uma empresa que trabalha com IPTV totalmente pela internet: a Gulgo TV, que lançou os serviços no final de 2018. A empresa oferece diferentes planos, incluindo alguns canais das TVs por assinatura, por um preço um pouco mais acessível do que os serviços tradicionais de TV a cabo.
A Gulgo TV funciona de modo semelhante a outros serviços como a Vivo Play e a Net Now, que permitem o acesso a programação ao vivo online. Contudo, a Gulgo TV ainda possui uma quantidade limitada de canais e conteúdos disponíveis, se comparado aos serviços online das grandes operadoras de TV a cabo.
Mas além da Gulgo TV, para ter o acesso legalizado a IPTV é possível adquirir alguns aplicativos específicos como:
– Kodi (XBMC);
– Ace Stream;
– Wiseplay;
– Perfect Player.
Cada uma dessas aplicações, captam os sinais dos canais de TV abertos pela internet e oferecem outros recursos de mídia.
E afinal, IPTV vale a pena?
Os equipamentos e aplicativos que são utilizados para viabilizar a IPTV permitem tanto o acesso aos canais legalizados quanto a reprodução de áudios, vídeos, músicas, imagens e jogos, por exemplo.
Assim, mais do que uma TV com uma maior variedade de canais e boa qualidade da imagem, os aparelhos de distribuição do sinal podem funcionar como uma central de mídia, tendo diferentes finalidades.
Portanto, a IPTV pode valer a pena para quem deseja usufruir de outros serviços, além do acesso aos canais com sinal liberado.
Em contrapartida, dependendo do tipo de uso, vale mais a pena buscar algum combo de TV por assinatura tradicional ou assinar algum serviço on demand, como a Netflix.
Além de não correr riscos de acabar contratando um serviço pirata, os serviços legalizados, em geral, oferecem outros benefícios para os clientes. Como por exemplo, a opção de gravar programas e alugar títulos recém-lançados no cinema.
Em resumo…
A IPTV não é pirataria. A tecnologia permite o acesso legal a canais e programas distribuídos livremente por algumas emissoras e canais pela internet.
Para ter acesso ao serviço, é necessário adquirir um aparelho adequado e pagar uma assinatura mensal, tal como nas TVs a cabo tradicionais. O serviço é barato e apresenta uma qualidade superior e semelhante aos serviços de streaming, sem instabilidade ou problemas de sinal. Isso, é claro, se você tiver um bom serviço de internet.
Contudo, vale destacar que o serviço não possui tantos canais quanto uma TV por assinatura ou um serviço on demand como da Netflix, Net Now ou Vivo Play.
Portanto, se você deseja uma TV a cabo completa, com serviços online e com um preço razoável, e principalmente legalizada, conheça os planos das operadoras tradicionais.
Além dos serviços para televisão, as empresas de TV a cabo e de streaming oferecem diferentes pacotes para assinatura e acesso online.
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