Já pensou uma brincadeira de faculdade te tornar milionário? Foi o que aconteceu com Mark Zuckerberg, e mais três amigos Eduardo Saverin, Chris Hughes e Dustin Moskovitz. Assim, aconteceu a criação do Facebook. A seguir te contamos detalhes sobre o surgimento da rede social mais famosa e popular do mundo.
Hot or not?
Em 2003, no seu segundo ano de faculdade em Harvard, Mark e seus amigos desenvolveram um site que chamaram de Facemash. O objetivo era colocar fotos de dois estudantes da universidade, lado ao lado, para que os visitantes escolhem o mais atraente. Foi apelidado de “hot or not”.
Essas fotos, eram tiradas do anuário online da universidade. Para ter acesso a elas, Zuckerberg teve de hackear o sistema de segurança da rede de Harvard. Assim, ele copiou todas as imagens e subiu em seu site.
Foi um sucesso. Apenas nas primeiras quatro horas que o site estava no ar, recebeu 50 visitas e 22 mil visualizações. Os estudantes compartilharam muito a nova plataforma pelo campus.
Porém, alguns dias depois os executivos da universidade conseguiram tirar o site do ar por ter quebrado a segurança e o direito à privacidade, afinal Zuckerberg roubou as fotos. Ele recebeu uma punição por esse ato, foi expulso da universidade.
thefacebook.com
Depois disso, já em 2004, Zuckerberg começou a desenvolver o thefacebook. Ele queria criar um site que pudesse conectar toda a universidade. Quando finalizou o código, contou para alguns amigos e enviou o convite para uma fraternidade. Nas primeiras 24 horas, já tinham passado dos 1,2 mil usuários.
Seus amigos se juntaram, Eduardo Saverin cuidando dos negócios, Dustin Moskovitz como programador, Andrew McCollum como design gráfico e Chris Hughes como porta-voz. Aos poucos, o site foi se espalhando para outras universidades americanas, como Stanford, Columbia, Yale, Ivy League e a universidade de Boston. Foi crescendo tanto que chegou em universidades do Canadá.
Com conselhos informais do empresário Sean Parker para Mark, se deu a criação do Facebook, tirando o “the”. E, no mesmo ano, mudaram a base para Palo Alto, na Califórnia. Além de terem comprado o domínio por US$ 200.000.
facebook.com
Em 2005, o Facebook chegou nas universidades do Reino Unido, México e Porto Rico. Percebendo que a popularidade do site estava crescendo muito, Zuckerberg lançou uma versão para o colegial. E, logo depois, passou a valer para trabalhadoras de companhias, como a Apple e a Microsoft.
No final do mesmo ano, chegou na Austrália e na Nova Zelândia, atingindo mais de duas mil universidades e 25 mil escolas. Um ano depois, foi aberto para qualquer pessoa que tivesse um e-mail válido e mais de 13 anos. Além disso, o site passou a ter a opção de postar fotos e marcar amigos. Já em 2008, criou sua segunda sede em Dublin, na Irlanda.
Em setembro, o site ganhou novas atualizações, como o feed de notícias com as fotos. Nesta ocasião também foram tiradas as regras de registro no site e, a partir de então, qualquer pessoa poderia entrar. A comercialização do Marketplace, postagem de videos e páginas de empresas surgiram em 2007.
No ano seguinte, o Facebook ganhou sua versão em espanhol e o chat. Além disso, passou a valer para outros sites que precisam de cadastro a opção de entrar com o Facebook. Também neste ano o design foi renovado, e ainda é o ano que Sheryl Sandberg é contratada. Ela trabalhou no Google e é a chefe de operações da rede social, se tornando uma das mulheres mais poderosas.
A opção mais famosa, de curtir, surgiu em 2009. Depois veio a opção de colocar endereço nas páginas de empresas, chamadas em vídeo e a possibilidade de descrever a data de nascimento, estado civil, etc.
Enquanto o Brasil começava a se distanciar do Orkut, em 2011, o Facebook se tornou o maior servidor de fotos online. Já tinha mais de 250 milhões de usuários. E, surpreendentemente, muitos deles entravam pelo celular.
Veja aqui como fazer um perfil no Facebook passo a passo.
A importância da criação do Facebook
Em 2011, aconteceu a Primavera Árabe, uma série de protestos e revoltas populares contra os governos árabes. O Facebook contribuiu muito com o movimento, pois, foi o portal por onde os estudantes se comunicavam.
Zuckerberg criou o Internet.org, projeto que ajuda a levar internet para comunidades mais afastadas. Além disso, ele faz doações, como em 2010, quando anunciou a doação de US$100 milhões para as escolas de New Jersey.
Tudo isso é possível por ser a rede social mais acessada do mundo. São mais de 2,3 bilhões de pessoas conectadas.
Uma pesquisa realizada pela Statista mostrou que a Índia é o país que lidera em números de usuários, seguido pelos Estados Unidos. Logo depois vem o Brasil, com 130 milhões de contas. Assim, o faturamento de 2018, foi 50% maior que do ano anterior, batendo a casa dos US$ 40 bilhões.
Novas aquisições
Desde a criação do Facebook, foram mais de 40 aquisições, de domínios até outras empresas. Vamos citar as compras mais importantes. Confira.
A primeira empresa importante a fazer parte do Facebook foi o Instagram, em 2012. Por US$ 1 bilhão, em dinheiro e ações da rede social. E, a segunda foi o WhatsApp, em 2014, por US$ 19 bilhões. Mesmo com essas compras, ficou claro que não seria mudado em nada o layout e a usabilidade das duas plataformas. Além disso, Zuckerberg prometeu não colocar anúncios no app de mensagens, promessa que é mantida até hoje.
Zuckerberg fez isso para se manter no topo das redes sociais. Pois, o Instagram e o WhatsApp vêm crescendo muito. E, com isso, ele mantém sua marca entre as melhores. A aquisição destas duas redes levou o Facebook, inclusive, a ser alvo de investigação. Entenda a polêmica neste artigo.
Em 2017, na Facebook Developer Conference, se falou muito sobre a realidade aumentada, como jogos do Pokemon Go e do Harry Potter. Além disso, o tema realidade virtual foi muito discutido. Naqueele ano o Facebook anunciou o M, o bot “assistente pessoal” do Facebook e alteração nas métricas para empresas.
Agora é mais difícil ter um alcance orgânico na rede social. O que é bom para os usuários, que não ficam sobrecarregados com tantas propagandas, mas ruim para alguns negócios que não têm tanto dinheiro para investir.
O Facebook também já lançou moeda própria, o Facebook Libra, saiba mais sobre isso neste artigo.
Mas nem tudo são flores
Claro que com um patrimônio desses, Mark Zuckerberg atraiu muitos processos.
Um dos primeiros foi dos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss. Eles alegaram que inventaram um site com a ideia bem parecida do Facebook em 2002. O código estava quase finalizado, quando Mark entrou para o time dos irmãos. Mas saiu logo dessa parceria.
Com o processo, os gêmeos receberam mais de US$ 65 milhões. Hoje são atletas olímpicos de remo e ganham dinheiro com bitcoin.
Outra briga aconteceu em 2005 com a saída de Eduardo Saverin da equipe de Zuckerberg. Quando ele colocou anúncios de sua outra startup no Facebook e Mark tirou ele do time. Mas, Saverin entrou na Justiça e recebeu um acordo com valores não divulgados. Hoje é investidor em Singapura.
Quebra de privacidade
Já em 2018, a questão de segurança e proteção de dados atingiu o Facebook. A empresa Cambridge Analytica realizava quizzes com usuários onde coletava os dados deles. A rede social cancelou a parceria com a empresa, pois foi revelado que mais de 87 milhões de dados pessoais dos usuários da rede estavam sendo compartilhados.
Através desses testes, a empresa montava o tipo certo de publicidade para cada cidadão e disponibilizava no seu feed de notícias. Dessa maneira, as eleições americanas para presidente em 2016 foram afetadas.
Mark foi chamado para depor no Congresso e no Senado americano. Segundo ele, quando descobriu o que a empresa estava fazendo, em 2015, o Facebook solicitou que os dados fossem deletados.
Além da invasão de dados pessoais americanos, foi descoberto também vazamentos em outros países. O Reino Unido multou o Facebook em 500 mil libras. Já o governo italiano colocou duas multas no valor de 10 milhões de euros juntas.
O filme
Da criação do Facebook até agora, vimos que ele só aumentou no número de usuários. Por isso, em 2010 foi lançado um filme chamado “A Rede Social”, mostrando toda essa trajetória de Zuckerberg.
O filme ganhou 3 Oscars: de melhor roteiro adaptado, trilha sonora e edição. Mesmo sendo algumas partes de ficção, Zuckerberg não gostou do filme. O retrato dele é de uma pessoa egoísta que só queria o sucesso acima de tudo.
Você conhecia todas essas reviravoltas da criação do Facebook? Coloca aí nos comentários o que achou e continue lendo nossos artigos!