Precisamos de internet para tudo, não é mesmo? É muito difícil ficarmos sem ela, pois está mais que presente no nosso dia-a-dia. Seja para ajudar em uma lição da escola, para pedir comida, comprar roupas e acessórios, ou até assistir séries. Então, para ajudar seus clientes a terem sempre um sinal de rede melhor, foi assinado um acordo entre TIM e Vivo.
Mas, calma! Vamos te explicar melhor o que isso represente para os usuários de ambas, além de te mostrar todas as vantagens. Confira!
Acordo entre TIM e Vivo: o que é?
No final de agosto, essas operadoras assinaram um Memorando de Entendimento, que representa o compartilhamento de suas antenas. Serão compartilhados o sinal de 2G para todo o Brasil, mesmo que haja poucos usuários ainda utilizando – já que a maioria migrou para o 4G.
Nesse caso, será usado o single grid. Isso significa que uma rede única será usada nas torres para compartilhar o sinal, equipamento, infraestrutura e manutenção entre a TIM e a Vivo, dividindo os custos, como com o aluguel da torre, e investimentos.
Por meio dessa parceria, TIM e Vivo também compartilharão o sinal 4G. Esse está disponível, por enquanto, para cidades e municípios de até 30 mil habitantes. A TIM e a Vivo já analisam a possibilidade de expandir para regiões maiores.
Elas estão utilizando a frequência de 700 MHz. Essa é a ideal para transmissão do 4G, pois a torna mais veloz. Antes as operadoras usavam a faixa 2,5 GHz, mas havia interferência já que essa frequência também é usada para dados de voz.
Como antes a de 700 MHz era usada no sinal analógico das TVs, as operadoras também não podiam utilizá-lo. Mas, com a migração para a TV digital, essa frequência ficou desocupada, podendo até atingir 300 megabits por segundo, permitindo maior alcance. Além disso, é possível também que haja mais acessos simultaneamente dos usuários, com maior qualidade.
Esse acordo entre TIM e Vivo ainda será detalhado e enviado para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em um prazo de 90 dias. Assim, depende da aprovação da agência.
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Vantagens do acordo entre TIM e Vivo
Esse acordo traz muitas vantagens, não só para os clientes das duas operadoras, mas também para elas próprias. Um deles é melhorar a qualidade dos sinais, de 2G e 4G. Com duas empresas dividindo os custos das torres, será mais rápido a manutenção, consequentemente aumentará a qualidade.
Além disso, o sinal de internet será ampliado para mais pessoas. Aquelas cidades do interior, que ainda não tinham – ou era bem fraco – acesso à rede, agora terão. E com duas operadoras para escolher qual é o melhor plano para o consumo de cada usuário.
Atualmente a Vivo atende quase 3.900 municípios pelo 2G. Já a TIM, ainda leva esse sinal para mais de 3.500 cidades.
Uma outra vantagem, nesse caso para a TIM e a Vivo, é o compartilhamento das manutenções e investimento. Com duas empresas dividindo os custos de operações, energia elétrica e o aluguel do terreno, sobra mais para ser aplicado na melhora do serviço.
Lembrando que esse acordo entre a TIM e a Vivo não é uma joint venture, ou seja, elas não se juntaram em uma única empresa. Sendo assim, não cria uma aliança comercial. As operadoras continuam sendo concorrentes no ramo de telecomunicações. Apenas irão dividir os custos de algumas torres, para levar o sinal a mais regiões.
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Não é o primeiro acordo entre TIM e Vivo
Em outubro de 2018, a TIM e a Vivo já haviam assinado outro acordo. Esse visou ampliar o sinal do 3G, dividindo os custos de manutenção e infraestrutura das torres com essa frequência.
Segundo a TIM, com esse acordo mais de 570 novas cidades seriam atendidas, totalizando mais de 130 milhões de usuários entre as duas operadoras. Sendo assim, a Vivo estaria utilizando o sinal da TIM “emprestado”, com a frequência de 2,5 GHz.
Além disso, no ano passado, as empresas se juntaram para levar internet às áreas rurais. Outro acordo, permitido pela Anatel, de compartilhar redes em localizações mais afastadas e com problemas de falta de sinal. Assim, a TIM poderá utilizar as torres já instaladas da Vivo nessas regiões, e vice-versa.
As frequências utilizadas estão nas faixas de 800 MHz, 1,9 GHz e 2,1GHz. Essa autorização é válida até novembro de 2020.
Outros acordos
Além das parcerias com a Vivo, a TIM realizou acordos com outras operadoras, sempre visando melhorar o alcance e qualidade do sinal. Veja quais foram:
TIM e Oi
Também realizado em 2018, a TIM e a Oi assinaram um acordo do modelo MOCN (Multi Operator Core Network). Passaram a compartilhar torres, distribuindo internet, voz e SMS para 800 municípios, atingindo 95 milhões de usuários.
Com a frequência entre 1,8 GHz e 2,5 GHz – atuando tanto no 3G quanto no 4G – as operadoras conseguem ampliar seus alcances.
Mas, foram ressaltados alguns pontos desse acordo. O primeiro é sobre o uso em segunda faixa, da operadora que não é proprietária da torre. Dessa maneira, as operações de rede devem ser separadas. O segundo é que se as agências atuarem juntas, que tenham uma autorização de implementação do compartilhamento pela Anatel.
Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) essa junção de torres levou a uma redução dos valores para os clientes de ambas empresas. O custo do minuto de acesso à internet caiu desde que essa parceria começou.
TIM e Claro
Mais um acordo fechado em 2018 pela TIM, mas dessa vez em parceria com a Claro. Com o compartilhamento das antenas, as duas operadoras querem atingir mais de 700 municípios, melhorando o serviço de ambas para 116 milhões de clientes.
Com esse serviço, cada empresa terá acesso sempre a mais possíveis clientes. Assim, conseguem levar seu sinal para locais onde só a outra empresa chegava.
TIM: mais pessoas com acesso
Em uma entrevista para o site Mobile Time, o CTO da TIM , Leonardo Capdeville, disse que para ampliar o acesso à internet para mais localidades no Brasil é preciso uma união de todas as operadoras para construção de uma rede única e compartilhada. Desse modo, segundo ele, seria possível levar cobertura para o interior do Brasil, atingindo milhares de pessoas.
Ele explica que dessa forma, as empresas dividiriam o alto custo de montar essas antenas, já que no interior do país, apesar do valor alto de investimento, o retorno seria baixo.
Com o compartilhamento das antenas com outras operadoras, a TIM se coloca como a líder em cobertura 4G do país. E até ganhou prêmio como a melhor empresa de telecomunicação e tecnologia na categoria Melhor Empresa da Bolsa pela InfoMoney.
Dessa maneira, mais pessoas terão acesso a esse universo de conhecimentos que é a internet. Além de, também poderem navegar pelos sites de entretenimento que são oferecidos. Isso é algo fundamental para a ampliação da rede pelo Brasil.
Como vimos, o acordo entre a TIM e a Vivo não foi o primeiro entre as operadoras. E para que todos possam compartilhar dos mesmo direitos de acesso, esperamos que não sejam os últimos.
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