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WhatsApp avisará quando mensagem foi encaminhada muitas vezes

mensagem encaminhada

Em uma novidade que ficou disponível no último mês, o Whatsapp passou a informar seus usuários sobre a quantidade de vezes que uma mesma mensagem foi encaminhada. A medida é aplicada sobre toda as mídias disponíveis no aplicativo — textos, vídeos, áudios e imagens.

Além da tradicional seta, acompanhada da palavra “Encaminhada”, todas as mensagens compartilhadas mais de cinco vezes receberão outra seta. A medida vale tanto para conversas individuais quanto para os grupos. Desta forma, será possível identificar aquelas que, possivelmente, pertencem a uma corrente ou spam

A notificação também aparecerá para quem encaminhar a mensagem. Antes de confirmar o envio, o Whatsapp mostrará um alerta indicando que a mensagem foi encaminhada muitas vezes. O total de vezes, por outro lado, não será exibido.

Aviso de mensagem encaminhada visa segurança

Isto faz parte de uma série de medidas que a empresa vem tomando desde julho do ano passado, quando aplicou pela primeira vez a etiqueta de “Encaminhada” às mensagens. 

Em fevereiro deste ano, o Whatsapp limitou o número de repasses para até cinco conversas por vez. Anteriormente, era possível replicar em até 256 grupos de uma única vez.

A medida, implementada pela primeira vez na Índia, tentava coibir a prática de linchamento público motivado por boatos espalhados no aplicativo. Pouco depois, foi replicada mundialmente como forma de tentar conter a disseminação de fake news

A novidade foi liberada em março deste ano e está, aos poucos, chegando a todos os usuários.

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Medidas contra desinformação

Com mais de 1 bilhão de usuários ao redor do planeta, o Whatsapp pertence ao Facebook desde 2014.

Junto com a Índia, o Brasil representa um de seus maiores mercados. Aqui, a plataforma tem um papel de destaque quando o assunto são notícias falsas.

A tática do disparo em massa de textos, que ocorre principalmente nas tentativas de manipulação políticas, foi amplamente utilizada nas eleições presidenciais do ano passado. Motivado pelas críticas de governos e sociedade civil, desde então o aplicativo realizou mudanças importantes em sua estrutura para tentar combater a disseminação de informações incorretas. 

 Entre as modificações está um recurso lançado em abril na Índia. Em parceria com uma startup local, o Whatsapp montou um serviço para verificação de veracidade das informações compartilhadas no aplicativo.

Assim, mensagens enviadas por usuários são classificadas como verdadeiras, falsas, enganosas ou questionáveis. A medida foi voltada para as eleições do país.

O conteúdo captado seria utilizado para a construção de um banco de dados. O objetivo é procurar entender melhor a desinformação, e não há previsão de quando o recurso será aplicado ao resto do mundo.

Outras medidas possíveis estão em teste. Uma delas é a pesquisa de imagem. De acordo com o WABeta Info, site especializado em informações sobre o Whatsapp, a função faz parte da versão 2.19.73 do aplicativo.

O recurso aparenta ser ligado à pesquisa de imagens do Google, permitindo que o usuário faça o upload da foto recebida no buscador.

O aplicativo abrirá o navegador para mostrar os resultados. Desta forma, seria possível verificar a veracidade da mensagem encaminhada e buscar por similares na internet.

Não se sabe ao certo quando ou se a medida será realmente apresentada ao público. Sua existência, contudo, mostra que a empresa segue buscando formas de combater fake news e informações desencontradas. 

Mas o que são fake news?

As famosas fake news são informações falsas que passam-se por notícias reais. Seu objetivo é, em sua maioria, a legitimação de um ponto de vista específico ou a difamação de alguém.

Apesar de ser uma prática antiga, o termo tornou-se popular em 2016. Mais precisamente durante as eleições presidenciais norte-americanas. Na época, eleitores de Donald Trump compartilharam uma série de conteúdos falsos sobre Hillary Clinton. 
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 Uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada no fim de 2018, mostrou que os brasileiros são os que mais acreditam em notícias falsas. Ao todo, foram ouvidas 19.243 pessoas de 27 países ao redor do mundo.

No Brasil, 62% dos entrevistados admitiu ter acreditado em informações inverídicas. O país fica acima de lugares como a Arábia Saudita (58%), Coréia do Sul (58%), Peru (57%) e Espanha (57%).

O conteúdo das fake news costuma tratar de temas polêmicos, apelativos e sensacionalistas. Desta forma, são facilmente replicáveis por chamarem a atenção. Há um empenho para fazê-las parecerem reais, visando aumentar seu alcance.

De acordo com o Relatório de Segurança do dfndr lab, os aplicativos de mensagem são o meio favorito para encaminhar mensagens. Dos mais de 35 mil entrevistados, 23% disseram receber fake news através dos grupos de amigos no aplicativo.

O Facebook aparece como fonte de 17,2% das pessoas. Só no terceiro trimestre de 2018, a ferramenta “Análise de Link” do dfndr lab recebeu o equivalente a 54,4 mil notícias falsas por dia.

O tema “política” foi responsável por 46,3% delas. Culpa das eleições presidenciais, que representaram 2,2 milhões de detecções de fake news.

E a tendência é piorar. O Centro de Negócios e Direitos Humanos da Universidade de Nova York publicou um relatório afirmando que o Instagram e o Whatsapp serão os vilões das eleições de 2020. 

Como identificar notícias falsas

Mas de acordo com o dfndr lab, é possível identificar notícias falsas por um padrão de construção de texto. Há pontos-chaves em comum, que ajudam a descobrir se há algo de errado.

As notícias falsas costumam vir de sites desconhecidos, que imitam verdadeiros portais de notícia. Há sempre um tom alarmista e erros gramaticais, com títulos normalmente chamativos. O autor da notícia é sempre é desconhecido, bem como os especialistas consultados no texto.

O conteúdo inteiro tende a ser sensacionalista. Ao fim, há sempre um pedido de compartilhamento. Quase sempre, a frase “fiz a minha parte, faça a sua também” é usada para finalizá-lo. 

As principais recomendações para evitar ser uma das vítimas das fake news são simples. Evitar clicar em links desconhecidos é a primeira delas.

Outra medida a ser tomada é a desconfiança de promoções e conteúdos, principalmente. Também é preciso evitar encaminhar textos que solicitam compartilhamentos.

Na dúvida, é sempre bom procurar mais informações, mas faça isso em sites confiáveis e de credibilidade. Caso seja necessário, o Whatsapp conta com um serviço de denúncia de conteúdo ilegal através do “Fale Conosco”.

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