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A Inteligência Artificial está mudando o mercado de trabalho

inteligência artificial

A inteligência artificial pode causar receio em algumas pessoas por uma série de motivos. Um deles é o medo do desconhecido e de que robôs com atributos cada vez mais próximos do ser humano serão capazes de fazer. Outro mais realista diz respeito às mudanças em diversos segmentos profissionais e quais são os riscos que o avanço da inteligência artificial representa para os empregos das pessoas.

Esse debate também tem muita correlação com as tecnologias digitais imersivas, que também estão mudando práticas no mercado e entre as empresas.

Neste artigo você vai entender o que é a inteligência artificial, se existem razões para ter medo do seu avanço e quais são as mudanças que podemos esperar para o futuro do trabalho.

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O que é Inteligência Artificial (IA)?

A inteligência artificial é um termo abrangente que foi popularizado para se referir a uma série de tecnologias que buscam atingir competências do ser humano tidas como “inteligentes”, como raciocinar e tomar decisões através da percepção e análise de dados e situações.

Além disso, uma máquina que utiliza inteligência artificial pode ser dotada de um sistema de aprendizado autossuficiente que “aprende sozinho” após receber uma grande quantidade de dados.

Para além disso, a inteligência artificial também é um campo de estudo e pesquisas acadêmicas que pertence à ciência da computação. Essa área existe desde a Segunda Guerra Mundial e se debruça sobre dispositivos computacionais, o comportamento inteligente e como unir as duas coisas em busca de um mecanismo capaz de resolver problemas complexos.

Robótica, reconhecimento de face, algoritmos, sistemas de aprendizado e machine learning. Esses são alguns exemplos de áreas e tecnologias que podem estar inclusas no conceito de inteligência artificial, dependendo de qual máquina estamos falando.

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Devemos ter medo da Inteligência Artificial?

A ficção científica utiliza há muitos anos a inteligência artificial como um material criativo para contar histórias. Seja na literatura, no cinema ou na televisão, é provável que você consiga pensar rapidamente em meia dúzia de obras que abordam o tema.

Representações apocalípticas, preocupantes ou que levantam dilemas éticos e conflitos com os seres humanos são comuns quando o assunto é retratado. Os filmes “2001, uma odisseia no espaço”, “Matrix” e o seriado “Westworld”, são alguns exemplos.

Mas na vida real e para o nosso futuro próximo, devemos temer a inteligência artificial? Em primeiro lugar, é válido lembrar que essa tecnologia já está incorporada em nosso dia a dia. Entre os exemplos mais claros está as recomendações de produtos e anúncios publicitários que tomam como base os seus dados de navegação pela internet.

O reconhecimento facial feito pelo Facebook, os chats de lojas e empresas que resolvem as suas dúvidas e os assistentes digitais do seu smartphone, como a Siri e o Google Assistente, são apenas alguns exemplos de aplicações da inteligência artificial já muito presentes e naturalizadas em nosso cotidiano.

Simulação do raciocínio humano

Tendo isso em mente, é também natural que tenhamos medo das futuras aplicações da inteligência artificial. De tempos em tempos, robôs que parecem simular cada vez melhor o raciocínio humano viram notícia ou viralizam em vídeos na internet. Isso nos impressiona e pode nos remeter ao conteúdo ficcional que já consumimos, muitas vezes assustador.

No entanto, para além das máquinas assassinas que se revoltam contra a humanidade existem outras razões para que fiquemos atentos ao desenvolvimento das soluções que utilizam a inteligência artificial.

Solucionismo tecnológico

O termo “solucionismo tecnológico” é um conceito criado pelo cientista bielorusso que pesquisa as implicações políticas e sociais da tecnologia, Evgeny Morozov, no livro “To save everything, click here” (em tradução literal do inglês: “Para salvar tudo, clique aqui”.

O conceito diz respeito à ideia de que problemas sociais, políticos e econômicos complexos podem ser solucionados com uma resposta simples: mais tecnologia.

“Devemos nos esforçar em ser menos como robôs e precisamos construir robôs que sejam mais parecidos conosco, porque, no final, a única coisa que temos que temer não são robôs assassinos, mas nossa preguiça intelectual. A única coisa de que precisamos ter medo é de nós mesmos”. A afirmação é do pesquisador em robótica Peter Haas, durante uma palestra no estado do Maine, nos Estados Unidos. mesmos.

O cientista está se referindo aos perigos do que é conhecido como “machine bias”, ou viés de máquina. Um tipo de erro que pode ocorrer na análise de dados feitos por uma inteligência artificial e que foge ao controle de quem programa o sistema.

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Caso COMPAS

No evento, Peter cita o caso do COMPAS (Correctional Offender Management Profiling for Alternative Sanctions). Trata-se de uma ferramenta utilizada por juízes em alguns estados dos Estados Unidos, como Flórida e Wisconsin. O COMPAS tem como objetivo ajudar no trabalho de magistrados quando precisam decidir se um réu deve responder em liberdade pelo seu processo.

O algoritmo do sistema leva em consideração critérios como histórico familiar, criminalidade na região onde o réu mora e o tipo de trabalho. Tudo isso para definir se existe uma “chance” de reincidência no crime. O COMPAS atribui então uma nota de 1 a 10, taxando a probabilidade do réu voltar a cometer um crime.

Entretanto, a organização ProPublica descobriu um viés e uma falha na eficácia da ferramenta. Pesquisadores da instituição compararam a reincidência em crimes entre 2013 e 2014 de 7 mil indivíduos da Flórida que haviam recebido uma nota do COMPAS.

O resultado foi que pessoas negras tinham o dobro de chance de receber uma nota que as identificasse como “perigosas”, pessoas mais velhas eram automaticamente consideradas inofensivas independente e o sistema possuía uma taxa de acerto de apenas 20%.

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O impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho

Se a confiança na inteligência artificial pode ser um problema quando falamos de quem trabalha com questões sociais complexas, o uso dessa tecnologia em outros segmentos tem sido revolucionário. Por isso, a IA é conhecida também por ser uma “tecnologia disruptiva”.

O conceito se aplica às inovações tecnológicas com aspectos que causam alguma ruptura nos padrões que já se conhecem e estão estabelecidos no mercado.

Nesse sentido, a perda de empregos causada pela substituição de humanos por máquinas é um dos pontos que costuma causar apreensão. De acordo com a consultoria Ernst & Young, algumas ocupações já estão em rotas de extinção.

Entre elas, os operadores de telemarketing, caixas de bancos e os corretores de imóveis. Especula-se ainda sobre os riscos às profissões com processos mais subjetivos e complexos, já que testes com algumas máquinas chegaram a dar resultados em atividades como edição de fotos e criação de conteúdo jornalístico.

Divergências entre opiniões

Nesse campo, as opiniões são divergentes. Há quem rejeite os avanços e aponte a falta de ética no desenvolvimento da inteligência artificial. Os críticos preveem uma crise de desemprego e o fim de inúmeras profissões.

Por outro lado, há quem admita a extinção de empregos mas que pondere sobre a criação de novas ocupações que vão operar lado a lado com a tecnologia.

O fato é que estamos atravessando a Revolução Digital e que, para todos os benefícios que tecnologias como a inteligência artificial podem nos contemplar, existe um preço a ser pago.

Para as empresas ou para os profissionais, o desafio de se adaptar será cada vez mais intenso. Para a sociedade como um todo, a construção de um mundo mais igualitário e justo será uma oportunidade e uma responsabilidade.

Inteligência artificial: atenção ao futuro

Como você pode ver, a inteligência artificial é um tema que estará cada vez mais presente no universo do mercado de trabalho e também das indústrias em geral.

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