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Drone da Amazon fará entregas mais rápidas nos EUA

A Amazon parece estar cada vez mais próxima de concretizar o plano de fazer a entrega de produtos com drones. A iniciativa surgiu como uma das possibilidades que a empresa vem estudando para melhorar a logística do seu serviço de varejo. O que a companhia espera é oferecer aos clientes entregas cada vez mais rápidas e cômodas. O último modelo de drone da Amazon, que poderá ser utilizado com esta finalidade, foi apresentado este ano durante um evento em Las Vegas, após a empresa conseguir o registro de patente para operar nos Estados Unidos.

Drone da Amazon existe há seis anos

A primeira vez que a Amazon anunciou o ousado plano de entregar seus produtos em até 30 minutos através de drones autônomos foi há seis anos. Na época o projeto foi batizado de Amazon Prime Air, nome mantido até hoje e que deverá ser utilizado para oferecer o serviço nas lojas da marca.

De lá para cá, a gigante do varejo desenvolveu diversos modelos. Os protótipos eram divulgados publicamente para mostrar o andamento do projeto que ainda não havia obtido uma liberação oficial para operar.

Apesar da aparente descrença do mercado e da dificuldade de conseguir liberação das autoridades americanas para usar o espaço aéreo, a Amazon seguiu. Dois anos após revelar a ideia pela primeira vez, a companhia divulgou um vídeo promocional explicando o projeto e mostrando um possível modelo de drone.

O material é estrelado por um famoso apresentador de TV dos Estados Unidos, Jeremy Clarkson. No vídeo ele mostra uma família que precisa comprar com urgência um par de chuteiras para que a filha não perca uma partida de futebol. Na ocasião ele aconselha a compra online, e o produto é entregue em menos de meia hora por um drone da Amazon.

Confira o vídeo de divulgação do projeto publicado em 2015:

Burocracia não faz empresa desistir

Em 2013 o plano da Amazon talvez tenha chegado ao mercado como uma utopia. No entanto, a marca seguiu buscando resolver os problemas burocráticos enquanto desenvolvia a tecnologia que pretende lançar ao mercado.

Em diversos momentos executivos da empresa afirmaram que seguiam acreditando no projeto e que tornariam realidade o método de entrega mais avançado da marca.

Um dos grandes desafios no caminho da Amazon sempre foi a burocracia. Isso se deu porque desde 2007 a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, singla em inglês) proíbe o uso de drones para fins comerciais.

Então, para não perder tempo, a empresa começou a realizar testes na Inglaterra e na Índia. Ainda que sempre tenha deixado claro que o foco de implementação do projeto é, à princípio, nos Estados Unidos.

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Licença para testes

Enquanto seguiam os trabalhos para desenvolvimento técnico do aparelho ideal, a empresa continuou buscando as licenças necessárias para operação. Em março de 2015, finalmente foi liberada pela FAA a realização de testes de voo para entregas com o drone da Amazon em território americano. A partir de então, começou a fase de experimentos para evitar erros como acidentes e entregas erradas.

A autorização continha algumas condições, como a realização de teste somente durante o dia, com boa visibilidade. Outra imposição era um limite de altura para voo de aproximadamente 120 metros, e sempre sob a observação do piloto do equipamento.

Além disso, a liberação deixou claro que a concessão era para treinamento, pesquisa e desenvolvimento. Ou seja, a companhia teve que seguir lutando para poder fazer uso comercial de drones.

Drone da Amazon tem patente liberada

Em abril deste ano, pouco antes de divulgar o último modelo de drone para entregas, a Amazon conquistou o registro de patente solicitado em 2016 para desenvolver o equipamento. Uma das inovações do projeto patenteado é a utilização de balões de ar para reduzir a emissão de ruídos ao aproximar-se da área de entrega. Por isso, o registro oficial nomeia o equipamento como: veículo aéreo não tripulado com uma membrana inflável.

Basicamente, o aparelho terá integrados um tanque de gás comprimido e um balão que será inflado próximo ao local de pouso. O acessório inflável permitirá que a rotação das hélices seja diminuída, reduzindo o ruído do equipamento. A necessidade de desenvolver esta solução se deu porque, apesar de passarem por muitos avanços nos últimos anos, os drones ainda emitem barulhos muito altos, que podem ser considerados inconvenientes, principalmente em áreas residenciais.

Como é o drone da Amazon para entregas

Com tanta demora para resolver questões burocráticas junto às autoridades americanas, a empresa teve tempo para desenvolver e testar a tecnologia dos seus protótipos de drones para entregas. Comparado com o primeiro modelo exibido em 2013, o aparelho que deverá ser estreado nas ruas americanas mostrou avanços tanto em design quanto em segurança.

Operado com inteligência artificial, o drone da Amazon é totalmente autônomo para realizar entregas a até 24 quilômetros de distância, detectar obstáculos no caminho e determinar uma área ideal para pouso. As encomendas devem pesar no máximo 2,2kg, o que atende bem a demanda da marca, visto que representa 86% das compras realizadas na loja, segundo a companhia.

Sustentabilidade

Que a inovação representa a possibilidade de oferecer um serviço diferenciado aos clientes da marca é claro. Porém, para a Amazon, a entrega com drones reforça a preocupação com sustentabilidade.

A ideia é a de que os equipamentos elétricos sejam carregados de maneira sustentável e colaborem com a redução de gás carbônico na atmosfera.

Segurança

O drone que deverá voar pelos céus dos Estados Unidos nos próximos meses possui sensores ultrassônico, visual e térmico e aprendizado de máquina com inteligência artificial para garantir a segurança da viagem.

Os recursos de alta tecnologia permitem que o aparelho possa desviar de árvores, balões, prédios, pássaros e postes, entre outros obstáculos.

Além dos sensores, câmeras, rotores e sistema infravermelho também devem priorizar a segurança do serviço. Com uma técnica de localização simultânea visual e mapeamento, o drone poderá, por exemplo, planar até encontrar um local seguro para pousar, afastado de pessoas e objetos.

Confira o vídeo com o teste de voo realizado pelo último modelo de drone divulgado pela Amazon:

Google fará entregas por drones na Austrália

Enquanto a Amazon vem brigando para conseguir operar o seu serviço de entregas nos Estados Unidos, a Google conseguiu a liberação de autoridades australianas para fazer entrega com drones no país. A autorização permite que o serviço seja realizado na capital Canberra com gestão de uma startup chamada Wing.

A iniciativa na Austrália foi liderada pela Alphabet, controladora Google, e o serviço atenderá inicialmente um conjunto de 100 residências. Porém, o projeto prevê aumentar a área atendida gradativamente. Os pedidos deverão ser feitos através de um aplicativo, e produtos como alimentos e remédios devem ser entregues em poucos minutos.

A tecnologia vem sendo testada no país pela Wing desde 2014, e três entregas foram concretizadas antes do início oficial das operações. A Alphabet prevê estender o projeto para a Europa muito em breve e já divulgou que os primeiros testes serão realizados na capital da Finlândia, Helsinque.

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