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Aplicativo usa blockchain para ajudar vítimas de abuso sexual

blockchain

O trabalho de luta contra o abuso sexual requer muito cuidado quanto à privacidade e a segurança das pessoas envolvidas. Na Índia desenvolvedores encontraram na tecnologia blockchain uma maneira de ajudar vítimas desse tipo de violência e preservar as suas identidades. O anonimato é garantido pelo recurso que até então era conhecido por ser usado nas transações financeiras com Bitcoin.

O aplicativo indiano Smashboard funciona como uma rede social em que são compartilhados relatos, notícias e inúmeros conteúdos sobre a cultura do estupro. Na comunidade também estão presentes profissionais especializados que disponibilizam voluntariamente o seu trabalho para dar suporte às vítimas.

Quer entender o que é blockchain e como essa tecnologia inovadora está sendo usada em uma boa causa? Nós do blog Compara Plano explicamos detalhadamente neste artigo, confira!

Leia mais: Aprenda como ganhar dinheiro com as redes sociais

Bockchain, Bitcoins e segurança

É impossível falar em blockchain sem falar em Bitcoins. Muita gente, inclusive, pensa que os dois termos são sinônimos. No entanto, o primeiro define a tecnologia utilizada para que as transações com as moedas virtuais sejam realizadas com segurança e privacidade, mas ambos existem separadamente. Vamos entender melhor.

O que são Bitcoins

A palavra Bitcoin chegou ao universo da tecnologia em 2008 para representar a primeira moeda digital do mundo. Com ela foi criado um inovador sistema econômico alternativo em que é possível realizar transações financeiras pontuais e sem intermediários.

A moeda foi lançada oficialmente no mercado em 2009 e começou a ser usada como bem de troca em um mercado negro virtual. Em 2013 o sistema passou a ganhar mais visibilidade. Foi nesse momento que sua cotação oficial frente ao dólar aumentou de forma significativa.

No mercado financeiro internacional, o Bitcoin passou a ser classificado em diversos termos técnicos, assim como acontece com o ouro. Entre eles estão: bem material, que representa ativos especulativos; bem de troca, que representa unidades de conta; ou, ainda, mercadoria, que representa o dinheiro de commodities.

Desde então a referência atingiu valores históricos e segue crescendo. No entanto, o sucesso chamou a atenção do mercado e foi registrada uma série de ataques a bolsas de câmbio virtuais. Com isso, a cotação do Bitcoin vem passando por altas instabilidades e já chegou a registrar quedas de até 70%.

Neste outro artigo do nosso blog você pode ler tudo sobre Bitcoins, como funcionam e como investir na moeda digital.

Desenvolvedor anônimo

A identidade do desenvolvedor do Bitcoin só foi conhecida quase dez anos depois do seu lançamento. A moeda foi apresentada ao mundo por meio de um artigo com a assinatura de Satoshi Nakamoto, publicado em uma lista que discutia as criptomoedas.

O nome do autor, entretanto, era um pseudônimo japonês, e rumores indicavam que poderia representar um grupo de desenvolvedores e não apenas uma pessoa específica. Fato é que por muito tempo qualquer informação sobre o criador, ou criadores, da moeda virtual não passava de simples especulação.

Somente em maio de 2016 um empreendedor e cientista de computação australiano, chamado Craig Wright, assumiu a paternidade da moeda virtual. O anúncio foi feito oficialmente a emissoras de televisão, e o empresário apresentou diversas provas técnicas do que estava afirmando. Assim os rumores foram encerrados.

O que a tecnologia blockchain tem a ver com tudo isso

Agora que sabemos o que são Bitcoins podemos começar a falar em como esse sistema econômico alternativo funciona. E, então, chegaremos à tecnologia blockchain.

Após registrar o domínio bitcoin.org em 2008, Nakamoto implementou seu software como código aberto e o lançou em 2009. O lançamento aconteceu quando o desenvolvedor programou o primeiro bloco de informações no banco de dados chamado blockchain, que em inglês significa cadeia de blocos.

Esse conjunto de blocos é o grande banco de informações em que estão registradas as transações realizadas com Bitcoin. A transmissão de dados é feita entre todos os participantes da rede com transparência e de forma descentralizada.

Se você costuma operar com moedas virtuais, saiba que transações com Bitcoin precisam ser declaradas à Receita Federal.

Segurança

A grande sacada da tecnologia que levou a moeda Bitcoin ao sucesso internacional é a garantia de segurança dos usuários. Cada bloco de informações que forma a blockchain possui uma assinatura digital única, chamada hash ou proof of work.

Esse código único é como uma impressão digital do bloco e dá garantias a todos os processos registrados nele. A assinatura também é responsável pela ligação com os outros blocos que formam a grande cadeia de dados.

Ademais disso, todo o processo é feito com criptofrafia, sistema que reduz a quase zero os riscos de invasão e fraude. Apesar de sabermos que qualquer estrutura digital sempre pode sofrer ameaças de hackers e invasores, em todos esses anos a tecnologia de segurança dos blocos ganhou credibilidade por demonstrar bastante eficiência.

Esse ponto é fundamental, afinal quando falamos em transações com Bitcoin estamos tratando de bilhões de dólares que são negociados diariamente. Empresários desse mercado não arriscariam tanto capital em um sistema que não garantisse o máximo de privacidade e segurança.

Aplicativo Smashboard e a tecnologia blockchain

Toda essa estrutura de segurança utilizada nas transações com moeda virtual chamou a atenção de uma jornalista indiana. Noopur Tiwari integra um movimento chamado #MeToo, que trabalha no combate à cultura do estupro na Índia.

Tiwari decidiu usar a internet à favor do movimento e criar um aplicativo no qual mulheres que são vítimas de abuso sexual e violência doméstica podem denunciar seus agressores com segurança e encontrar ajuda.

A ferramenta está disponível tanto para celular com sistema operacional Android quanto iOS e vem ganhando cada vez mais popularidade.

Privacidade e segurança

A ideia foi impulsionada pelo movimento em que a jornalista atua, e baseada no fato de que a maioria das mulheres que sofrem violência acabam não denunciando os agressores por medo. Um dos principais receios é de que suas identidades sejam expostas e isso gere consequências ou retaliações indesejadas.

O processo envolvendo abusos físicos e sexuais contra mulheres, em geral, acontece de forma traumática. As vítimas precisam passar por situações repetidas de relato dos fatos a policiais, médicos e advogados. Além disso, na maioria dos casos os profissionais que acompanham as denúncias são homens, o que deixa o contexto ainda mais difícil para as vítimas.

Blockchain como base da rede social

A tecnologia descentralizada blockchain é a base de toda a rede social formada pela comunidade do app Smashboard. Através dela os usuários podem contar com um ambiente seguro e confiável para trocar informações e ajuda mútua.

Por um lado as vítimas têm oportunidade de relatar episódios de abusos e denunciar seus agressores sem qualquer risco de ter a sua identidade revelada. Por outro, profissionais engajados no movimento podem acolher essas mulheres e oferecer o suporte necessário para que os processos de denúncia sejam levados adiante da maneira mais confortável possível.

Registros podem servir de evidência dos crimes

Dentro do app todas as publicações ficam registradas em um histórico permanente com registro de hora e data. Entre os recursos disponíveis dentro da comunidade estão apoio em saúde mental, suporte jurídico e intercâmbio de informações úteis para o tema. Os registros dos relatos também podem ser utilizados judicialmente como evidências dos crimes cometidos pelo agressor.

Fundadora do app planeja lançar Smash Coin

Um dos planos mais ousados de Tiwari, jornalista fundadora do aplicativo, é lançar uma criptomoeda chamada Smash Coin para financiar ferramentas digitais e companhas em prol dos movimentos para combater crimes de violência contra a mulher, como o abuso sexual.

O plano porém representa um grande desafio, pois as criptomoedas são proibidas na Índia. A ideia, então, somente poderia ser levada adiante se o sistema financeiro digital fosse aprovado e regulamentado no país.

Por enquanto o Smashboard está disponível em inglês, espanhol e francês. No entanto, seus desenvolvedores já estão trabalhando na tradução para outros idiomas para expandir o projeto para o maior número de países e vítimas possíveis.

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