A China é um gigante na economia global. Quanto mais o tempo massa, mais os chineses se consolidam como pilares da economia do nosso tempo. Isso vem acontecendo nos mais diversos setores e, naturalmente, acontece também no setor de telecomunicações. Hoje vamos falar sobre uma categoria de dispositivos e de uma empresa chinesa em particular. Já sabe do que estamos falando? Acertou quem pensou em celulares Huawei.
O crescimento da Huawei
A Huawei hoje é, por incrível que pareça, o grande nome mundial quando se trata de smartphones. Aliás, esse “por incrível que pareça” na verdade se aplica para a maior parte das pessoas que não está tão conectada assim com as novidades sobre tecnologia global. A pequena parcela mais bem informada já vem acompanhando o crescimento faz algum tempo.
A gigante chinesa vem demonstrando bons números há alguns anos consecutivos. Esse desempenho é um dos vários fatores que justifica a perspectiva de ter essa grande empresa da China como a maior fabricante de smartphones do planeta ainda em 2020.
Os números do crescimento
As cinco maiores fabricantes de smartphone do mundo hoje são: Samsung, Huawei, Apple, Xiaomi e Oppo. Esses nomes já estão organizados respeitando os números. Isso significa que, sim, a Huawei hoje já é maior que a Apple.
Vamos analisar alguns números dos dois últimos anos para entender melhor o ritmo dessa mudança. Os números são de uma análise referente ao período conhecido como 3Q desses anos. 3Q significa “third quarter”, que é como, em português, nós chamamos o terceiro trimestre (ou seja: julho, agosto e setembro).
Quinto lugar – Oppo
Assim como a Huawei, a Oppo também é da China.
No terceiro trimestre de 2018 a Oppo, vendeu 30,5 milhões. No terceiro trimestre de 2019 os números cresceram pouco: 30,8 milhões. Sua parcela de participação no mercado foi de 7,9 para 8%.
Quarto lugar – Xiaomi
Levemente superior a Oppo está a Xiaomi que, assim como a Huawei e a própria Oppo, também é chinesa.
No terceiro trimestre de 2018 a Xiaomi vendeu 33,2 milhões. No mesmo período do ano seguinte o seu rendimento piorou um pouco. Em 2019 foram 32,2 milhões. Essa queda fez sua participação no mercado cair de 8,5 para 8,3%. Assim, é possível que em breve a Xiaomi perca o quarto lugar para a Oppo.
Terceiro lugar – Apple
A gigante Apple aparece em terceiro lugar e é a única empresa dos Estados Unidos entre as cinco primeiras.
Apesar da fama e do status associado à sua marca, a Apple teve uma queda nas vendas no período analisado. No terceiro trimestre de 2018 a Apple vendeu 45,7 milhões de celulares. Um ano depois, no terceiro trimestre de 2019, as vendas cairam para 40,8 milhões. Com isso, sua participação no mercado global de smartphones caiu de 11,8 para 10,5%.
Segundo lugar – Huawei
Lutando para que esse seja seu último trimestre em segundo lugar está a Huawei. A empresa, que é a maior entre as chinesas, apresenta o maior crescimento entre todas as analisadas. Esse crescimento é a base dos motivos para acreditar que logo ela estará em primeiro lugar.
No primeiro trimestre de 2018 a Huawei vendeu 52,2 milhões de telefones celulares. Apenas um ano depois, no mesmo período de 2019, as vendas cresceram para 65,8 milhões. Um incrível crescimento de mais de 13 milhões de unidades vendidas em um intervalo de apenas um ano. Isso significa que, em média, a Huawei vendeu mais de 4 milhões de celulares a mais em cada mês analisado. Ou, se preferir dividir de outra forma, são aproximadamente 1 milhão de celulares vendidos a mais por semana.
Essa explosão nas vendas fez com que sua participação no mercado mundial ganhasse ainda mais relevância. Sua fatia, que era de 13,4% passou para expressivos 17%.
Primeiro lugar – Samsung
Encabeçando a lista das gigantes do mercado de smartphones está a sul-coreana Samsung. A empresa também registrou crescimento entre os períodos analisados, mas isso não significa tranquilidade. A preocupação existe porque o crescimento da Samsung foi menor do que o da Huawei. Caso ambas continuem crescendo no mesmo ritmo, logo a Samsung perderá o primeiro lugar.
No terceiro trimestre de 2018 a Samsung vendeu 73,3 milhões de celulares. Em 2019 esse número foi melhor, e as vendas atingiram ótimos 79 milhões de unidades.
Em porcentagem, isso significa dizer que a Samsung tinha 18,9% e passou a ter 20,4%. Esses números indicariam um crescimento muito bom se não fosse por um detalhe: a comparação.
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Distância para a Apple
Um detalhe que chamou a atenção do mercado foi o declínio da Apple. Claro que a gigante americana continua com seus números muito bons, mas a queda nas vendas assustam.
A empresa da maçã ainda tem sua marca atrelada a fama, poder, status e continua sendo a queridinha dos famosos. Além disso, a qualidade e o preço dos produtos ainda são motivos de destaque em todo o mundo.
Mas apesar disso tudo, a queda nas vendas aumenta a pressão sobre a empresa americana que corre o risco de ser ultrapassada pelas outras chinesas caso não consiga fazer suas vendas voltarem a crescer.
O bloqueio norte-americano de 2019
Na metade de 2019 Donald Trump, o presidente norte-americano, incluiu a Huawei em sua “lista negra comercial”. Apesar de ter passado meses negociando, a Huawei não conseguiu evitar esse problema.
Esse bloqueio comercial foi aplicado pelos americanos à diversas empresas consideradas perigosas. A ideia, segundo o secretário de comércio dos Estados Unidos, era de evitar que tecnologia produzida pelos americanos acabasse sendo utilizada de alguma forma contra os interesses do próprio país.
O bloqueio significou que a Huawei não poderia vender seus produtos nos Estados Unidos. Além disso, também era proibida de fazer qualquer tipo de negociação comercial com empresas americanas sem autorização do governo. Até mesmo a compra de componentes, que injetaria dinheiro nos Estados Unidos, foi proibida.
Mesmo com esse bloqueio a empresa segue sendo a que mais cresce no setor. Agora imaginem como seria sem o bloqueio.
O fator custo x benefício nos celulares Huawei
Existe uma nova tendência no comportamento do consumidor de telefones celulares. Essa tendência, que começou pelos países subdesenvolvidos, já atingiu os chamados países de primeiro mundo. É a busca por uma melhor relação entre o custo e o benefício dos aparelhos. É também onde os celulares Huawei se destacam.
Mudança no comportamento dos consumidores
Até pouco tempo atrás, principalmente nos países com economia mais abundante, isso não era assim. Os consumidores acabavam procurando celulares mais caros e potentes. Muitas vezes pessoas com renda não tão alta conseguiam comprar celulares de ponta, num comportamento pouco adequado. Hoje esse hábito tem se tornado cada vez menos frequente.
Com valores mais realistas, os celulares Huawei têm aproveitado esse momento para ganhar espaço.
Qualidade mais acessível
Os avanços tecnológicos explicam parte dessa tendência. Hoje em dia muitos celulares medianos já apresentam recursos que são “bons o suficiente”. Isso porque os consumidores se acostumaram com alguns benefícios em aparelhos de ponta que, hoje, muitos dispositivos modestos têm.
Essa nova tendência é apontada como um dos principais fatores que alavancam as vendas dos celulares Huawei. Os aparelhos da empresa são mundialmente conhecidos por terem um excelente fator custo x benefício. Ou seja, cobram um preço que não é tão alto por aparelhos que tem recursos de muita qualidade.
O fator 5G
A expectativa pela chegada do 5G, segundo estudiosos, também tem influenciado o mercado. A tecnologia 5G, pelo menos por enquanto, vem sendo incorporada apenas em telefones superiores. O que se espera é que, com o tempo, passem a inserir a possibilidade de conexão 5G em aparelhos medianos e que isso faça as vendas voltarem a crescer – talvez até de forma diferente, dependendo de quais aparelhos receberem a funcionalidade.
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Celulares Huawei no Brasil
A gigante chinesa voltou a atuar com força no Brasil em maio de 2019. Um dos objetivos da Huawei é usar o mercado brasileiro como um dos principais fatores para conseguir manter o ritmo de crescimento que pode fazer com que a empresa se torne a líder mundial na venda de celulares.
A ideia é vender novos modelos de aparelhos no Brasil. Além da projeção da venda de aparelhos (hardware), a empresa espera ganhar espaço também com software. Um dos jeitos de fazer isso é intensificar o uso da Huawei Ability Gallery, que é a plataforma de desenvolvimento de aplicativos próprios para a Huawei. Isso acontece ao mesmo tempo que um movimento que, por conta do bloqueio americano, a empresa tem feito pela necessidade de se afastar do GMS (Google Mobile Services) para usar o HMS (Huawei Mobile Services) – fazendo com que seus aplicativos sejam baixados de sua própria loja (chamada de App Gallery), e não mais no Google Play.
A Huawei Cloud é outro ponto importante para a expansão dos celulares Huawei no Brasil. A Huawei Cloud é a plataforma de computação em nuvem da empresa chinesa. Seu foco é trabalhar nos setores de big data e também de inteligência artificial.
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E então, gostou de conhecer um pouco mais sobre essa empresa chinesa? Será que você e seus amigos considerariam comprar celulares Huawei? Vale a pena ficar de olho no crescimento dessa empresa que, com o apoio do mercado brasileiro, pode se tornar a maior do mundo no mercado de smartphones muito em breve.
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